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As influências na poesia
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Le influenze in poesia
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A sombra de uma linha sobre nós
Que se acoita na nossa língua,
Como uma doença,
E a rouba.
A luz lisa do papel, a sua candura
Já obscurecida
Por uma voz já rouca,
Um olhar já rasgadamente aberto,
Um lábio já tangido,
Uma colina de barcos já envelhecidos,
Um degrau de crinas já consumido,
Uma veia já navegada pelo sorvo.
A maré que engole
O lugar da nossa liberdade.
Somos a folha invadida
Pelo incêndio minúsculo de um eco.
É sempre a mão da luz alheia
Que nos guia por entre o vapor das palavras
E nos faz juntar águas
Onde esta manhã de um anel já foi ouvida.
Invadidos por páginas,
Lutamos para não ser apenas a ramificação
Que se acoita na nossa língua,
Como uma doença,
E a rouba.
A luz lisa do papel, a sua candura
Já obscurecida
Por uma voz já rouca,
Um olhar já rasgadamente aberto,
Um lábio já tangido,
Uma colina de barcos já envelhecidos,
Um degrau de crinas já consumido,
Uma veia já navegada pelo sorvo.
A maré que engole
O lugar da nossa liberdade.
Somos a folha invadida
Pelo incêndio minúsculo de um eco.
É sempre a mão da luz alheia
Que nos guia por entre o vapor das palavras
E nos faz juntar águas
Onde esta manhã de um anel já foi ouvida.
Invadidos por páginas,
Lutamos para não ser apenas a ramificação
[de uma boca.
L’ombra d’un verso su di noi
Che contagia la nostra lingua,
Come una malattia,
E la snatura.
La morbida luce della carta, il suo candore
Già offuscato
Da una voce già rauca,
Uno sguardo già schiettamente aperto,
Un labbro già sfiorato,
Un mucchio di barche già invecchiate,
Una passerella di corde già consunte,
Una vena già percorsa dalla linfa.
La marea che ingoia
Lo spazio della nostra libertà.
Siamo il foglio invaso
Dal minuscolo incendio di un’eco.
È sempre la mano di un’illuminazione altrui
Che ci guida tra i vapori delle parole
E ci ricongiunge ad acque
Ove di quest’alba nuziale già si udì parlare.
In un’invasione di pagine,
Ci battiamo per non essere soltanto la diramazione
Che contagia la nostra lingua,
Come una malattia,
E la snatura.
La morbida luce della carta, il suo candore
Già offuscato
Da una voce già rauca,
Uno sguardo già schiettamente aperto,
Un labbro già sfiorato,
Un mucchio di barche già invecchiate,
Una passerella di corde già consunte,
Una vena già percorsa dalla linfa.
La marea che ingoia
Lo spazio della nostra libertà.
Siamo il foglio invaso
Dal minuscolo incendio di un’eco.
È sempre la mano di un’illuminazione altrui
Che ci guida tra i vapori delle parole
E ci ricongiunge ad acque
Ove di quest’alba nuziale già si udì parlare.
In un’invasione di pagine,
Ci battiamo per non essere soltanto la diramazione
[di un’altra bocca.
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Marc Chagall La Mariée à la Lune (1948-1950) |
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