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Ostras
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Ostriche
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A ostra
e a aspereza
de sua crosta.
O acúmulo
de craca
nas rugas
da carapaça.
O cheiro podre
de mangue
entranha-se nas digitais
e no tecido das narinas.
Lembram ao homem
seu invólucro de lama.
A ostra
é metade pedra,
calcárias escaras
brancas que se abrem
aos golpes da faca.
Por fora, objeto
coberto por perebas.
Por dentro, fêmea
líquida em leito
de nácar.
Trêmula rosa,
íntima e recém-nascida,
envolta em gosma.
A ostra
se fecha
e na sua
caixa tosca
purifica-se,
protege-se
do lodo.
Oculta,
eleva
sua carne
ao limite
da sólida
pérola.
e a aspereza
de sua crosta.
O acúmulo
de craca
nas rugas
da carapaça.
O cheiro podre
de mangue
entranha-se nas digitais
e no tecido das narinas.
Lembram ao homem
seu invólucro de lama.
A ostra
é metade pedra,
calcárias escaras
brancas que se abrem
aos golpes da faca.
Por fora, objeto
coberto por perebas.
Por dentro, fêmea
líquida em leito
de nácar.
Trêmula rosa,
íntima e recém-nascida,
envolta em gosma.
A ostra
se fecha
e na sua
caixa tosca
purifica-se,
protege-se
do lodo.
Oculta,
eleva
sua carne
ao limite
da sólida
pérola.
L’ostrica
e la scabrosità
della sua crosta.
L’accumulo
di concrezioni
nelle rughe
del carapace.
L’odore putrido
di mangrovia
penetra nelle dita
e nel tessuto delle narici.
Ricordano all’uomo
il suo involucro di melma.
L’ostrica
è mezza pietra,
scabro calcare
bianco che si apre
ai colpi del coltello.
Di fuori, oggetto
coperto di grumi.
Di dentro, femmina
liquida in un letto
di madreperla.
Tremula rosa,
intima e neonata,
avvolta in mucosa.
L’ostrica
si chiude
e nella sua
scatola grezza
si purifica,
si protegge
dal fango.
Occulta,
eleva
la sua carne
all’apice
della solida
perla.
e la scabrosità
della sua crosta.
L’accumulo
di concrezioni
nelle rughe
del carapace.
L’odore putrido
di mangrovia
penetra nelle dita
e nel tessuto delle narici.
Ricordano all’uomo
il suo involucro di melma.
L’ostrica
è mezza pietra,
scabro calcare
bianco che si apre
ai colpi del coltello.
Di fuori, oggetto
coperto di grumi.
Di dentro, femmina
liquida in un letto
di madreperla.
Tremula rosa,
intima e neonata,
avvolta in mucosa.
L’ostrica
si chiude
e nella sua
scatola grezza
si purifica,
si protegge
dal fango.
Occulta,
eleva
la sua carne
all’apice
della solida
perla.
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Gustave Caillebotte Natura morta con ostriche (1881) |
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