Toada


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Toada
Canzone


Cada vez que me debruço
sobre minha própria face
não me vejo como sou
mas como sou no disfarce.
Ogni volta che mi presento
al mio stesso sembiante
non mi vedo come sono
ma come sono nel travestimento.
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Mattia Moreni
Autoritratto n°6 (1989)
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Quadro na parede


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Quadro na parede
Quadro alla parete


Diante de mim a rendeirinha
de Vermeer, olhos baixos,
medita sem meditar sobre seu mundo
 rendado.

Toda a verdade é só ponto de cruz.
Davanti a me la ricamatrice
di Vermeer, occhi bassi,
medita senza meditare sul suo mondo
 ricamato.

Tutta la realtà non è che punto croce.
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Johannes Vermeer
La merlettaia (1669-1671)
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Pequeno Concerto para Oboé e Flauta úmida


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Pequeno Concerto para Oboé e Flauta úmida
Piccolo Concerto per Oboe e Flauto umido


Contaram-me que te ias.
Com um girassol nos olhos, te ias.
Não olhava atrás, nada existia
que te pudesse lembrar a permanência.
Que te ias, te ias
para regressar nunca mais –
como costumam ir os feridos,
os que não perdoam ou temem perdoar.

E me deixavas, comigo
a esperança que tudo desse errado:
que o trem não partisse,
que a chuva caísse, que a guerra
estourasse, que houvesse um eclipse
solar, que fosse sonho e não fosses.
Mas te ias. Só a partida ficava
impressa nas retinas. A partida.
M’han detto che te ne andavi.
Con un girasole negli occhi, te ne andavi.
Non ti guardavi indietro, nulla esisteva
che potesse rammentarti il tuo soggiorno.
Che te ne andavi, te ne andavi
e non avresti mai più fatto ritorno –
come son soliti andarsene i feriti,
quelli che non perdonano o temono di perdonare.

E mi lasciavi, a me lasciavi
la speranza che tutto andasse storto:
che il treno non partisse,
che la pioggia cadesse, che la guerra
scoppiasse, che ci fosse un eclisse
solare, che fosse un sogno e non te ne andassi.
Ma te ne andavi. Solo la partenza restava
impressa nelle mie retine. La partenza.
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Paul Delvaux
La città lunare (1956)
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Nuança


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Nuança
Sfumatura


Meus caminhos, meus mapas,
meus caminhos.

Tudo está em ordem
em minha vida.

Como se faltasse
alguma coisa
Le mie strade, le mie mappe,
le mie strade.

Tutto è in ordine
nella mia vita.

Come se mancasse
qualcosa
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Grant Haffner
Strada di campagna (2015)
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Melopéia


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Melopéia
Melopea


Ai esta vontade imensa de calar!

De esparramar o pó dos pensamentos
tão longa e longamente arquivados;

de apagar os rastos e os projetos
e incendiar a estante de mil livros;

de consumar o amor num esquecimento
geral, completa e desprendidamente –

ai, semear beldroegas na avenida
e apascentar rebanhos de mamutes;

ai, gargalhar nas noites novilunas
como se louco ou iluminado;

adormecer serenamente: nu,
liberto, vasto, inverossímil.

Ah esta vontade imensa de falar!
Ah questa voglia immensa di tacere!

Di disperdere la polvere dai pensieri
archiviati per un tempo così lungo;

di cancellare le bozze e i progetti
e incendiare gli scaffali di mille libri;

di consumare l’amore in un oblio
generale, completamente e liberamente –

ah, seminare portulache lungo il viale
e pascolare greggi di mammut;

ah ridere nelle notti senza luna
come un folle o un illuminato;

addormentarsi serenamente: nudo,
libero, vasto, inverosimile.

Ah questa voglia immensa di parlare!
________________

Maurizio Cattelan
Not Afraid of Love (2000)
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Estrela íntima


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Estrela íntima
Stella intima


Quando, então, dizias
que é nosso o mundo
só estamos aqui
por acasos ínfimos
e nada mais somos
que o pó de uma estrela
que sequer existe —
eu ficava triste
e sentia medos:

então, é só isto?

E eu me recolhia
repensava uns fados
buscava uns amigos
amava as amadas
e taças de vinho —
e o mundo andava
por acasos ínfimos
pó de estrela ínfima
que sequer existe.
Allora, quando dicevi
che il mondo è nostro
che stiamo qui
per minime coincidenze
e null’altro siamo
che la polvere d’una stella
che neppure esiste —
io m’intristivo
e avevo paura:

dunque, è tutto qui?

E io riflettevo
ripensavo a certi destini
cercavo degli amici
amavo le mie amate
e le coppe di vino —
e il mondo avanzava
per minime coincidenze
polvere d’una stella infima
che neppure esiste.
________________

Ottavio Fabbri
Stardust (2019)
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Não quer nada...



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Não quer nada...
A nulla aspira...


Não quer nada cada um dos meus versos
Às vezes, alíseos,
Outras, fantasiosas paisagens,
Outras ainda resumos de pedras.
Cada um dos meus versos
É uma vária maneira de esquecer.
A nulla aspira ciascuno dei miei versi.
A volte, alisei,
Altre, paesaggi di fantasia,
Altre ancora, rassegna di pietre.
Ciascuno dei miei versi
È un varia tipologia d’oblio.
________________

Giorgio Morandi
Paesaggio (1939)
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Cem anos


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Cem anos
Cent’anni


Vejo mãos que me folheiam
buscando-me a fisionomia —
  mas já passei, agora
  sou apenas poesia.
 
Vejo rostos que me amam
tentando saber quem fui —
  sou um retrato, miragem
  que o tempo dilui.
 
Vejo braços que me acenam
chamando-me insistentemente —
  para que, se a folha que passa
  passa tão de repente?
Vedo mani che mi sfogliano
in cerca della mia fisionomia —
  ma io sono già oltre, ora
  sono soltanto poesia.
 
Vedo volti che mi amano
tentando di saper chi sono stato —
  sono un ritratto, miraggio
  che il tempo ha diluito.
 
Vedo braccia che mi salutano
chiamandomi insistentemente —
  ma perché, se il foglio che passa
  passa così rapidamente?
________________

Edouard Manet
Il lettore (1861)
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As chamas passionais


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As chamas passionais
Le fiamme della passione


Eu sou o que sonhava as mil estrelas.
As mil estrelas no peito, uma paixão de fogo
a irromper do peito. Eu sou os sonhos
dos homens, sou as galáxias dos homens
que uma noite se reconheceram.
Não me tragam essas vidas sem assombros:
porque não há sossego.
As chamas passionais — como são fortes!
Ai, como são fortes!
Não, não esperem por mim — que vou morrer,
bebendo a luz da estrela Aldebarã
entre uma taça e outra
de agonias.
Io sono colui che sognava le mille stelle.
Le mille stelle nel petto, una passione di fuoco
che irrompe dal petto. Io sono i sogni
degli uomini, sono le galassie degli uomini
che una notte si riconobbero.
Non mostratemi quelle vite senza scosse:
perché non c’è requie.
Le fiamme della passione — come sono forti!
Ah, come sono forti!
No, non aspettatemi — ché morirò,
bevendo la luce della stella Aldebaran
tra una coppa e l’altra
di agonie.
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Paul Gauguin
Upa Upa, la danza del fuoco (1891)
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Poeta, a eternidade...


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Poeta, a eternidade...
Poeta, l’eternità...


Poeta, a eternidade
é só o instante em que se pousa
    o lápis.
Poeta, l’eternità
è solo l’istante in cui si posa
    il lapis.
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Gabriel Metsu
Uomo che scrive una lettera (1664-1666)
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Estradas planas


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Estradas planas
Strade pianeggianti


1.
A sombra da tarde imensa
— e certas vidas esconsas.
Os grandes subterfúgios
— onde, nas tardes, se escondem?
Eis que a tarde passa e esplende;
tons de escuro
tingem a barra do horizonte.
Quem nos chama?
 
2.
A tarde seus olhos bons —
nos vela. Estradas planas
se perdem, nem tudo é longe:
às vezes é uma saudade
que nos encanta. Ser homem
é estar na tarde.
 
3.
Na vastidão das coisas findas,
o homem imprime seus sonhos de ficar.
E fica.
1.
L’ombra della sera immensa
— e certe vite occulte.
I grandi sotterfugi
— nelle sere, dove si celano?
Ecco che la sera passa e risplende;
sfumature di scuro
tingono la linea dell’orizzonte.
Chi ci chiama?
 
2.
La sera coi suoi occhi buoni —
ci veglia. Strade pianeggianti
si perdono, e non tutto è distante:
talvolta è un rimpianto
che c’incanta. Essere uomo
è stare nella sera.
 
3.
Sulla vastità delle cose finite,
l’uomo concepisce i propri sogni di restare.
E resta.
________________

Matthew Wong
Fiume al tramonto (2016)
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Das coisas memoráveis


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Das coisas memoráveis
Le cose memorabili


Um dia o mundo inteiro vai ser memória.
Tudo será memória.
As pessoas que vemos transitar naquela rua,
as gentis ou as sábias, ou as más, todas,
  todas.
E o mendigo que passa sem o cão,
o ginasta, a mãe, o bobo, o cético, a turista.
Deus, inclusive, regendo o fim das coisas
memoráveis, também será memória. Deus
  e os pardais.
E os grandes esqueletos do Museu Britânico.
Todo sofrimento será memória. Eu, sentado aqui,
serei só estes versos que dizem haver um eu
  sentado aqui.
Un giorno il mondo intero sarà memoria.
Tutto sarà memoria.
Le persone che vediamo passare per quella via,
quelle gentili o sagge, o quelle cattive, tutte,
  tutte.
E il mendicante che passa senza il cane,
l’atleta, la madre, il tonto, lo scettico, la turista.
Dio, compreso, reggendo la fine delle cose
memorabili, anche lui sarà memoria. Dio
  e i passeri.
E i grandi scheletri del Museo Britannico.
Tutta la sofferenza sarà memoria. Io, seduto qui,
sarò solo questi versi che dicono che c’è un io
  seduto qui.
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James Ensor
L’Entrata di Cristo a Bruxelles nel 1889 (1888)
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Contemplação da nuvem


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Contemplação da nuvem
Contemplazione della nuvola


      Para Luís Alberto

A vida é a contemplação daquela nuvem.
E o mundo
uma forma de passar, que inventamos
para não ver que o mundo não é o mundo,
mas uma nuvem
    passando.

E uma nuvem passando
ensina-nos mais coisas que cem pássaros
mil livros  um milhão de homens.

A vida é a contemplação daquela nuvem.
E o mundo
uma forma de passar, que inventamos
para não ver que o mundo não é o mundo,
mas uma nuvem.
    Passando.
      Per Luís Alberto

La vita è la contemplazione di quella nuvola.
E il mondo
una maniera di passare, che inventiamo
per non vedere che il mondo non è il mondo,
ma una nuvola
    di passaggio.

E una nuvola di passaggio
ci insegna molte più cose che cento uccelli
mille libri  un milione di uomini.

La vita è la contemplazione di quella nuvola.
E il mondo
una maniera di passare, che inventiamo
per non vedere che il mondo non è il mondo,
ma una nuvola.
    Di passaggio.
________________

René Magritte
La riconoscenza infinita (1963)
...

Loucura e poesia


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Loucura e poesia
Follia e poesia


Furtava as cores de todas as paisagens
que colhia.
Um dia morreu
e um arco-íris bebia
seus olhos.
Rubava i colori di tutti i paesaggi
che scorgeva.
Un giorno morì
e un arcobaleno si bevve
i suoi occhi.
________________

Bruno Munari
Vetrini a luce polarizzata (1953)
...

Vou-te contando...



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Vou-te contando...
Ti racconto...


Vou-te contando o meu nome de acaso,
Diáspora ou fuga,
E tu ouves, com a calma antiquíssima
Das estações, em que uma 
É o despertar da outra.
 
Há muito que eu não surgia
Ao cimo da minha própria voz,
No exílio exigido
E agora vou-te contando o meu nome de acaso
Com a exactidão possível.
Este nome que eu considerei deluso,
Falso, este nome que é agora
O meu, já não um espaço vazio.
Ti racconto la fatalità del mio nome,
Diaspora o fuga,
E tu ascolti, con la calma antichissima
Delle stagioni, in cui l’una 
Avvia il risveglio dell’altra.
 
Da tanto tempo io non sorgevo
Al culmine della mia stessa voce,
Nell’esilio imposto
Ed ora ti racconto la fatalità del mio nome
Con la massima esattezza possibile.
Questo nome che io consideravo illuso,
Falso, questo nome che adesso
È il mio, non più uno spazio vuoto.
________________

Edvard Munch
Testa di uomo nei capelli di una donna (1896-1897)
...

Estudo 204


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Estudo 204
Studio 204


Vejo o vento que sopra nas árvores
e estou aqui.
Há uma sensação de paz antiga
no vento que sopra nas árvores.

(Vou plantar esperanças no quintal
e decidir o que farei com a vida -
com esta e com a outra.)

Estou aqui e o mundo está aqui.
Olho as folhas movendo-se nas árvores
e alguma coisa silenciando no coração.
Vedo il vento che spira fra gli alberi
e resto qui.
C’è un sentimento di pace antica
nel vento che spira fra gli alberi.

(Pianterò speranze nel giardino
e deciderò che farne della vita -
di questa e di quell’altra.)

Io sono qui e il mondo sta qui.
Guardo le foglie che si muovono sugli alberi
e qualcosa che s’acquieta nel cuore.
________________

Claude Monet
La chiesa di Varengeville, tempo grigio (1882)
...

Estudo 188


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Estudo 188
Studio 188


Faz silêncio em mim.
As sensações não cabem neste instante
nem me agito em busca das respostas.
Os infinitos se cruzam no meu peito
e o ponto em que se cruzam me define.
Eu sou o centro do mundo.
Sou o perfeito e sou a perfeição.
Não me agito em busca das respostas.
Regna il silenzio in me.
Non c’è posto per le sensazioni in queste istante
e io non mi agito in cerca di risposte.
Gli infiniti s’incrociano nel mio petto
e il punto in cui s’incrociano mi definisce.
Io sono il centro del mondo.
Sono il perfetto e sono la perfezione.
Non mi agito in cerca di risposte.
________________

Jeff Koons
Balloon Dog Orange (2015)
...

Estudo 175


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Estudo 175
Studio 175


Estar com o rio não é molhar-se na água.
Nem ser leito.
É ser a água e o leito.
E o mar.
E ser as nuvens do céu.
 
Nosso destino é o que somos. Somos
o destino – o olho d’água
e a foz.
Somos a foz
e o ruído das águas se encontrando.
 
E as nuvens do céu e o homem
sentado numa pedra. E a pedra.
Stare col fiume non è bagnarsi in acqua.
Né essere il letto.
È essere l’acqua e il letto.
E il mare.
Ed essere le nuvole del cielo.
 
Il nostro destino è quel che siamo. Siamo
il destino – la sorgente
e la foce.
Siamo la foce
e il rumore delle acque che s’incontrano.
 
E le nuvole del cielo e l’uomo
seduto su una pietra. E la pietra.
________________

William Turner
Paesaggio con un fiume e una baia (1830 ca.)
...

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