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A coruja branca
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La civetta bianca
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Em minha casa entre as árvores ouço o rumor da noite.
O vento escorraça os astros crepitantes.
As montanhas descem em direcção ao mar como rebanhos
que não tivessem esperado a licença da aurora
[para a migração necessária.
E a erva cresce. E a água corre. E o mundo recomeça
como uma palavra interrompida. E as nuvens caem do céu
e rastejam no caminho danificado pelas chuvas de janeiro.
Um pio atravessa a folhagem murmurante.
A coruja branca, minha irmã sedentária,
vigia na escuridão o mundo abandonado
por tantas pálpebras fechadas.
O vento escorraça os astros crepitantes.
As montanhas descem em direcção ao mar como rebanhos
que não tivessem esperado a licença da aurora
[para a migração necessária.
E a erva cresce. E a água corre. E o mundo recomeça
como uma palavra interrompida. E as nuvens caem do céu
e rastejam no caminho danificado pelas chuvas de janeiro.
Um pio atravessa a folhagem murmurante.
A coruja branca, minha irmã sedentária,
vigia na escuridão o mundo abandonado
por tantas pálpebras fechadas.
Nella mia casa fra gli alberi odo il suono della notte.
Il vento s’insinua tra gli astri crepitanti.
Le montagne scendono verso il mare come greggi
che non hanno atteso il permesso dell’aurora
[per la necessaria migrazione.
E l’erba cresce. E l’acqua scorre. E il mondo ricomincia
come una parola interrotta. E le nuvole cadono dal cielo
e strisciano sul sentiero danneggiato dalle piogge di gennaio.
Un pigolio attraversa il fogliame mormorante.
La civetta bianca, mia quieta sorella,
veglia nell’oscurità sul mondo abbandonato
da tante palpebre chiuse.
Il vento s’insinua tra gli astri crepitanti.
Le montagne scendono verso il mare come greggi
che non hanno atteso il permesso dell’aurora
[per la necessaria migrazione.
E l’erba cresce. E l’acqua scorre. E il mondo ricomincia
come una parola interrotta. E le nuvole cadono dal cielo
e strisciano sul sentiero danneggiato dalle piogge di gennaio.
Un pigolio attraversa il fogliame mormorante.
La civetta bianca, mia quieta sorella,
veglia nell’oscurità sul mondo abbandonato
da tante palpebre chiuse.
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Albrecht Dürer Piccola civetta (1508) |
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