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Elogios de Fernando Pessoa - IV
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Elogi di Fernando Pessoa - IV
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Cartas de amor
Nunca amamos ninguém.
Amamos, tão somente,
a ideia que fazemos de alguém.
É a um conceito nosso - em suma,
é a nós mesmos - que amamos.
Fernando Pessoa
Ridículas não são apenas as cartas de amor,
qualquer carta de amor.
Ainda mais ridícula
é a inveja de nunca as ter escrito.
Ridículos somos nós,
todos nós,
e as nossas vidas miseráveis.
Não há como separar as coisas:
ser ridículo de espírito
e desfilar nobreza.
Ser mesquinho de gestos
e se desejar sublime.
Nunca amamos ninguém.
Amamos, tão somente,
a ideia que fazemos de alguém.
É a um conceito nosso - em suma,
é a nós mesmos - que amamos.
Fernando Pessoa
Ridículas não são apenas as cartas de amor,
qualquer carta de amor.
Ainda mais ridícula
é a inveja de nunca as ter escrito.
Ridículos somos nós,
todos nós,
e as nossas vidas miseráveis.
Não há como separar as coisas:
ser ridículo de espírito
e desfilar nobreza.
Ser mesquinho de gestos
e se desejar sublime.
Lettere d’amore
Non amiamo mai nessuno.
Amiamo, unicamente,
l’idea che ci facciamo di qualcuno.
È un nostro concetto - insomma,
è noi stessi - che amiamo.
Fernando Pessoa
Ridicole non sono solo le lettere d’amore,
qualunque lettera d’amore.
Ancora più ridicolo
è il livore per non averne mai scritte.
Ridicoli siamo noi,
tutti noi,
e le nostre miserabili vite.
Non c’è modo di separare le cose:
essere povero di spirito
e ostentare nobiltà.
Essere meschino nei gesti
e aspirare al sublime.
Non amiamo mai nessuno.
Amiamo, unicamente,
l’idea che ci facciamo di qualcuno.
È un nostro concetto - insomma,
è noi stessi - che amiamo.
Fernando Pessoa
Ridicole non sono solo le lettere d’amore,
qualunque lettera d’amore.
Ancora più ridicolo
è il livore per non averne mai scritte.
Ridicoli siamo noi,
tutti noi,
e le nostre miserabili vite.
Non c’è modo di separare le cose:
essere povero di spirito
e ostentare nobiltà.
Essere meschino nei gesti
e aspirare al sublime.
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Thomas Benjamin Kennington La lettura della lettera (1885) |
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