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A flauta que me roubaram
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Il flauto che mi hanno rubato
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Era em S. José dos Campos.
E quando caía a ponte eu passava o Paraíba numa vagarosa balsa como se dançasse valsa. O horizonte estava perto. A manhã não era falsa como a da cidade grande. Tudo era um caminho aberto. Era em S. José dos Campos no tempo em que não havia comunismo nem fascismo pra nos tirarem o sono. Só havia pirilampos imitando o céu nos campos. Tudo parecia certo. O horizonte estava perto. Havia erros nos votos mas a soma estava certa. Deus escrevia direito por pequenas ruas tortas. A mesa era sempre lauta. Misto de sabiá e humano o vizinho acordava tranqüilo, tocando flauta. Era em S. José dos Campos. O horizonte estava perto. Tudo parecia certo admiravelmente certo. |
Accadeva a S. José dos Campos.
E quando il ponte cadeva io attraversavo il Paraíba sopra una pigra barchetta come facessi un balletto. Era prossimo l’orizzonte. Il mattino non era falso come nella città grande. Tutto lo spazio era libero. Accadeva a S. José dos Campos al tempo in cui non c’erano né comunismo né fascismo che ci turbassero il sonno. Non c’erano che lucciolette imitando le stelle sui campi. Tutto pareva evidente. Era prossimo l’orizzonte. C’erano errori nei voti ma la somma era giusta. Dio scriveva diritto lungo viuzze contorte. Il pranzo era sempre lauto. Misto di passero e umano il vicino si risvegliava sereno, suonando il suo flauto. Accadeva a S. José dos Campos. Era prossimo l’orizzonte. Tutto pareva evidente magnificamente evidente. |
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Paul Klee Piccolo paesaggio (1919) |
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