Missa de Aniversário


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Missa de Aniversário
Messa in suffragio


Há um ano que os teus gestos andam
ausentes da nossa freguesia
Tu que eras destes campos
onde de novo a seara amadurece
donde és hoje?
Que nome novo tens?
Haverá mais singular fim de semana
do que um sábado assim que nunca mais tem fim?
Que ocupação é agora a tua
que tens todo o tempo livre à tua frente?
Que passos te levarão atrás
do arrulhar da pomba em nossos céus?
Que te acontece que não mais fizeste anos
embora a mesa posta continue à tua espera
e lá fora na estrada as amoreiras tenham outra vez florido?

Era esta a voz dele assim é que falava
dizem agora as giestas desta sua terra
que o viram passar nos caminhos da infância
junto ao primeiro voo das perdizes

Já só na gravata te levamos morto àqueles caminhos
onde deixaste a marca dos teus pés
Apenas na gravata. A tua morte
deixou de nos vestir completamente
No verão em que partiste bem me lembro
pensei coisas profundas
É de novo verão. Cada vez tens menos lugar
neste canto de nós donde anualmente
te havemos piedosamente de desenterrar
Até à morte da morte
È un anno che i tuoi gesti sono ormai
assenti dalla nostra borgata
Tu che venivi da queste campagne
dove il grano torna a maturare
dove sei oggi?
Qual’è il tuo nuovo nome?
Ci sarà lì un fine settimana meno mediocre
di questo sabato che non finisce mai?
Che occupazione è adesso la tua
che hai tutto il tempo libero davanti a te?
Che passi ti potranno ricondurre indietro
seguendo il tubare d’una colomba nei nostri cieli?
Perché non hai più compiuto gli anni
malgrado qui la tavola t’aspetti sempre pronta
e là fuori i gelsi lungo il viale sian tornati a fiorire?

Era questa la sua voce è così che parlava
dicono ora le ginestre di questa sua terra
che l’han visto passare sui sentieri dell’infanzia
insieme al primo volo delle pernici

Ora solo con le nostre cravatte ti riportiamo morto
a quei sentieri dov’è rimasta l’orma dei tuoi piedi
Solo con le nostre cravatte. La tua morte
ci ha impedito di vestirci completamente
L’estate in cui partisti io mi ricordo bene
pensai cose profonde
È di nuovo estate. Hai sempre meno spazio
in questo nostro angolo dove ogni anno
pietosamente noi ti esumeremo
Fino alla morte della tua morte
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Maurice Langaskens
Riposa in pace (1918)
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