Nome:
Collezione: Fonte: Altra traduzione: |
________________
|
Espaço puro entre quatro paredes...
|
Spazio puro tra quattro pareti...
|
Espaço puro entre quatro paredes,
Tempo ainda não começado:
Nada me liga ainda a esta casa,
Como rosto sem feições.
Nada me liga a este silêncio,
Ainda sem o peso de uma memória.
Tudo ainda sílabas estranhas,
De uma voz rígida, desconhecida.
Os objectos são os mesmos,
Mas outra posição, noutro lugar
Dá-lhes outra face, outra história:
Os objectos recomeçam-se
Do fundo de uma alma nova.
Também eu, aqui,
Me perco no meu desconhecimento:
A mão que escreve soa outra
E o seu gesto de escrever é nova tinta,
Recomeço-me.
Tempo ainda não começado:
Nada me liga ainda a esta casa,
Como rosto sem feições.
Nada me liga a este silêncio,
Ainda sem o peso de uma memória.
Tudo ainda sílabas estranhas,
De uma voz rígida, desconhecida.
Os objectos são os mesmos,
Mas outra posição, noutro lugar
Dá-lhes outra face, outra história:
Os objectos recomeçam-se
Do fundo de uma alma nova.
Também eu, aqui,
Me perco no meu desconhecimento:
A mão que escreve soa outra
E o seu gesto de escrever é nova tinta,
Recomeço-me.
Spazio puro tra quattro pareti,
Tempo non ancora avviato:
Nulla mi lega ancora a questa casa,
Come un volto senza fattezze.
Nulla mi lega a questo silenzio,
Ancora senza il peso d’una memoria.
Tutto è ancora strane sillabe,
D’una voce algida, sconosciuta.
Gli oggetti sono gli stessi,
Ma un’altra posizione, in un altro luogo
Dà loro un altra aspetto, un’altra storia:
Gli oggetti si riavviano
Dal fondo di un’anima nuova.
E anch’io, qui,
Mi perdo nel mio spaesamento:
La mano che scrive suona diversamente
E il suo gesto di scrivere è nuovo inchiostro,
Mi sto riavviando.
Tempo non ancora avviato:
Nulla mi lega ancora a questa casa,
Come un volto senza fattezze.
Nulla mi lega a questo silenzio,
Ancora senza il peso d’una memoria.
Tutto è ancora strane sillabe,
D’una voce algida, sconosciuta.
Gli oggetti sono gli stessi,
Ma un’altra posizione, in un altro luogo
Dà loro un altra aspetto, un’altra storia:
Gli oggetti si riavviano
Dal fondo di un’anima nuova.
E anch’io, qui,
Mi perdo nel mio spaesamento:
La mano che scrive suona diversamente
E il suo gesto di scrivere è nuovo inchiostro,
Mi sto riavviando.
________________
|
Henri Matisse Viso senza volto (1949) |
Nessun commento:
Posta un commento