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O amor eterno
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L’amore eterno
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E agora que as mãos da incrédula
rapariga te empurram para a saída, onde irá chover, de acordo com a cor do céu, não resistas. Na rua, onde os ventos se cruzam na esquina, os que sopram, do norte, de colinas manchadas pelo inverno, e os que nascem do rio, trazendo a impressão húmida do litoral, acende um cigarro, para que o calor do lume te reconforte as mãos, avança pelo passeio, enquanto o frio te deixar, e ouve o canto da água por baixo de terra: correntes no limite entre o gelo e o fogo, uma evaporação de humores, como se as almas lutassem em busca de saída, e, no fumo de uma memória de mesa antiga, tu e essa que amaste, trocando as frases matinais do re- encontro. Vidros embaciados pelas lágrimas da ruptura, perguntas sem resposta, a casa de luzes apagadas, como se estivesse vazia - e como se não soubesses que os destinos se decidem por cima de nós, onde em cada instante um deus cansado nos desfaz as inúteis promessas de eternidade. |
Ed ora che le mani dell’incredula
fanciulla ti spingono verso l’uscita, dove pioverà, come annuncia il colore del cielo, non opporti. Per strada, dove i venti s’incrociano all’angolo, quelli che spirano dal nord, da colline imbiancate dall’inverno, e quelli che vengono dal fiume, portando la sensazione umida del litorale, accenditi una sigaretta, affinché il calore del fuoco ti riconforti le mani, prosegui sul marciapiede, mentre il freddo ti abbandona, e ascolta il canto dell’acqua sotto la terra: correnti al limite fra il gelo e il fuoco, un’evaporazione di umori, come se le anime lottassero in cerca di uscita, e, nel fumo d’una memoria di desco antico, tu e colei che hai amato, scambiando le frasi mattutine del re- incontro. Vetri appannati dalle lacrime della rottura, domande senza risposta, la casa con le luci spente, come se fosse vuota - e come se tu non sapessi che i destini si decidono al di sopra di noi, dove ad ogni istante un dio annoiato ci manda all’aria le inutili promesse d’eternità. |
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Night. (at Bryant Park) - New York City fotografata da Vivienne Gucwa |
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