________________
|
«Le bal au Moulin de la Galette»
|
«Le bal au Moulin de la Galette»
|
A dança é a primeira arte da metamorfose:
Operários, costureiras, que a música arranca
Ao seu torpor de primeiros autómatos,
Ligam-se aqui pelos fios de ínfimas narrativas
A burocratas, marginais, impressionistas,
Sob a luz caprichosamente coada pelas árvores
De um domingo à tarde, em Montmartre.
Mas como saber quem muda? E como? E quanto?
E mudará alguém que esteja no quadro?
Artes políticas, a dança e a pintura,
Precisamente porque omissas –
Como se, esquecendo, não esquecessem,
Mas antes gritassem, a pólvora, as barricadas,
As baterias, os fuzilados da Comuna,
A construção, em represália, de uma basílica,
Sinal de vigilância moral
Sobre as facilidades da virtude, os ritmos dissolutos.
A dança e as suas íntimas narrativas
Pintadas com paciência chinesa
Sobre a porcelana de um domingo à tarde,
Pintadas com os olhos de um pescador.
Operários, costureiras, que a música arranca
Ao seu torpor de primeiros autómatos,
Ligam-se aqui pelos fios de ínfimas narrativas
A burocratas, marginais, impressionistas,
Sob a luz caprichosamente coada pelas árvores
De um domingo à tarde, em Montmartre.
Mas como saber quem muda? E como? E quanto?
E mudará alguém que esteja no quadro?
Artes políticas, a dança e a pintura,
Precisamente porque omissas –
Como se, esquecendo, não esquecessem,
Mas antes gritassem, a pólvora, as barricadas,
As baterias, os fuzilados da Comuna,
A construção, em represália, de uma basílica,
Sinal de vigilância moral
Sobre as facilidades da virtude, os ritmos dissolutos.
A dança e as suas íntimas narrativas
Pintadas com paciência chinesa
Sobre a porcelana de um domingo à tarde,
Pintadas com os olhos de um pescador.
La danza è l’arte primigenia della metamorfosi:
Operai, costumisti, che la musica strappa
Al loro torpore di primigeni automi,
Vengono qui legati dai fili d’infime vicende
A burocrati, marginali, impressionisti,
Sotto la luce capricciosamente filtrata dagli alberi
D'una domenica pomeriggio, a Montmartre.
Ma come saper chi muta? E come? E quanto?
E cambierà qualcuno presente nel quadro?
Arti politiche, la danza e la pittura,
Esattamente perché smemorate –
Come se, dimenticando, non dimenticassero
ma piuttosto gridassero, la polvere, le barricate,
Le batterie, i fucilati della Comune,
La costruzione, per rappresaglia, d'una basilica,
Simbolo di vigilanza morale
Sulle impudenze della virtù, sui ritmi dissoluti.
La danza e le sue intime vicende
Dipinte con pazienza cinese
Sulla porcellana d'una domenica pomeriggio,
Dipinte con gli occhi di un pescatore.
Operai, costumisti, che la musica strappa
Al loro torpore di primigeni automi,
Vengono qui legati dai fili d’infime vicende
A burocrati, marginali, impressionisti,
Sotto la luce capricciosamente filtrata dagli alberi
D'una domenica pomeriggio, a Montmartre.
Ma come saper chi muta? E come? E quanto?
E cambierà qualcuno presente nel quadro?
Arti politiche, la danza e la pittura,
Esattamente perché smemorate –
Come se, dimenticando, non dimenticassero
ma piuttosto gridassero, la polvere, le barricate,
Le batterie, i fucilati della Comune,
La costruzione, per rappresaglia, d'una basilica,
Simbolo di vigilanza morale
Sulle impudenze della virtù, sui ritmi dissoluti.
La danza e le sue intime vicende
Dipinte con pazienza cinese
Sulla porcellana d'una domenica pomeriggio,
Dipinte con gli occhi di un pescatore.
________________
|
Auguste Renoir Le bal au Moulin de la Galette (1876) |
Nessun commento:
Posta un commento