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Um outro homem inacabado
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Un altro uomo incompiuto
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Nesta cidade impermanente,
um homem jamais está inteiro.
Parte perdeu-se em alguma rodovia.
Outra sonha com montanhas,
água de bica, cachoeiras, maresia.
Esta cidade de São Paulo
nunca está arrematada,
corpo sempre em retalhos.
Mutantes arquiteturas
que não penetram nas veias.
Nesta cidade de São Paulo,
um homem constrói sua casa
como uma flor amarela
que teima em brotar
em zona de perigo.
Efêmera, como outras,
destinada à demolição.
Casca fina e provisória,
fraca diante das ventanias,
das máquinas e da solidão.
Nesta cidade dividida,
cada homem é estilhaço,
entulho jogado na caçamba
porque há outro na fila
para ocupar o seu espaço.
um homem jamais está inteiro.
Parte perdeu-se em alguma rodovia.
Outra sonha com montanhas,
água de bica, cachoeiras, maresia.
Esta cidade de São Paulo
nunca está arrematada,
corpo sempre em retalhos.
Mutantes arquiteturas
que não penetram nas veias.
Nesta cidade de São Paulo,
um homem constrói sua casa
como uma flor amarela
que teima em brotar
em zona de perigo.
Efêmera, como outras,
destinada à demolição.
Casca fina e provisória,
fraca diante das ventanias,
das máquinas e da solidão.
Nesta cidade dividida,
cada homem é estilhaço,
entulho jogado na caçamba
porque há outro na fila
para ocupar o seu espaço.
In questa città incostante,
mai nessun uomo è intero.
Un pezzo s’è perso su qualche raccordo.
Un altro vagheggia montagne,
acqua di fonte, di mare, cascate.
Questa città di San Paolo
non è mai completata,
corpo sempre a rattoppi.
Architetture volubili
che non penetrano nelle vene.
In questa città di San Paolo,
un uomo edifica la propria casa
come un fiore giallo
che insiste a sbocciare
in zona pericolosa.
Precaria, come altre,
fatta per essere demolita.
Scorza fine e transitoria,
debole di fronte alle bufere,
alle macchine e alla solitudine.
In questa città divisa,
ogni uomo è un frammento,
detrito gettato ai rifiuti
tanto in fila c’è un altro
pronto a prenderne il posto.
mai nessun uomo è intero.
Un pezzo s’è perso su qualche raccordo.
Un altro vagheggia montagne,
acqua di fonte, di mare, cascate.
Questa città di San Paolo
non è mai completata,
corpo sempre a rattoppi.
Architetture volubili
che non penetrano nelle vene.
In questa città di San Paolo,
un uomo edifica la propria casa
come un fiore giallo
che insiste a sbocciare
in zona pericolosa.
Precaria, come altre,
fatta per essere demolita.
Scorza fine e transitoria,
debole di fronte alle bufere,
alle macchine e alla solitudine.
In questa città divisa,
ogni uomo è un frammento,
detrito gettato ai rifiuti
tanto in fila c’è un altro
pronto a prenderne il posto.
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Edward Hopper Ombre nella notte (1921) |
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