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A árvore da Serra
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L’albero della Serra
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— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho.
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros... no junquilho.
Esta árvore, meu pai, possui minh’alma!
— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
E esta árvore me serve de empecilho.
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros... no junquilho.
Esta árvore, meu pai, possui minh’alma!
— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
— Gli alberi, figlio mio, non hanno un’anima!
E quest’albero, qui dov’è, mi crea imbroglio.
Bisognerà tagliarlo, dunque, o figlio,
Affinché possa la mia vecchiaia essere calma!
— Padre mio, perché la sua rabbia non si calma?!
Non vede che in tutto esiste lo stesso lucore?!
Dio pose l’anima nei cedri... in ogni fiore.
In quest’albero, padre, vive la mia anima!
— Disse — e si genuflesse in preghiera:
«Non uccida l’albero, ch’io possa vivere ancora!»
E quando l’albero, rivolto alla patria serra,
Cadde sotto i duri colpi dell’ascia di metallo,
Al tronco s’abbracciò il misero fanciullo
E non si sollevò mai più da terra!
E quest’albero, qui dov’è, mi crea imbroglio.
Bisognerà tagliarlo, dunque, o figlio,
Affinché possa la mia vecchiaia essere calma!
— Padre mio, perché la sua rabbia non si calma?!
Non vede che in tutto esiste lo stesso lucore?!
Dio pose l’anima nei cedri... in ogni fiore.
In quest’albero, padre, vive la mia anima!
— Disse — e si genuflesse in preghiera:
«Non uccida l’albero, ch’io possa vivere ancora!»
E quando l’albero, rivolto alla patria serra,
Cadde sotto i duri colpi dell’ascia di metallo,
Al tronco s’abbracciò il misero fanciullo
E non si sollevò mai più da terra!
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Luiz Zurbini Cabeça d’Água (2016) |
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