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Solitário
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Solitario
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Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
— Velho caixão a carregar destroços —
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
— Velho caixão a carregar destroços —
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Come un fantasma che si rifugia
Nella solitudine della natura morta,
Dietro gli ermi tumuli, un giorno,
Io venni a rifugiarmi alla tua porta!
Faceva freddo e il freddo che faceva
Non era quello che la carne conforta…
Era tagliente come in macelleria
È tagliente l’acciaio dei coltelli!
Ma tu non venisti a veder la mia Disgrazia!
Ed io fuggii, come chi tutto repelle,
—Vecchia bara ricolma di sconquassi —
Portando appena nella tombal carcassa
L’inquietante pergamena della pelle
E il sinistro tintinnare delle ossa!
Nella solitudine della natura morta,
Dietro gli ermi tumuli, un giorno,
Io venni a rifugiarmi alla tua porta!
Faceva freddo e il freddo che faceva
Non era quello che la carne conforta…
Era tagliente come in macelleria
È tagliente l’acciaio dei coltelli!
Ma tu non venisti a veder la mia Disgrazia!
Ed io fuggii, come chi tutto repelle,
—Vecchia bara ricolma di sconquassi —
Portando appena nella tombal carcassa
L’inquietante pergamena della pelle
E il sinistro tintinnare delle ossa!
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Mimmo Paladino Dormienti (1999) |
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