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Poema quase metafísico
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Poesia quasi metafisica
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Dizem que sou uma organização de água e de carbono
mas ninguém me diz o antes e o depois
nem de onde vem a música e a palavra
ninguém me diz o ritmo e a pergunta
que sem cessar se repete e não encontra
nem água nem carbono nem resposta
apenas o sussurro das marés
e as areias as ondas a cadência
ou o vento que vem do mar e a breve queixa
de quem água e carbono apenas deixa
em cada poema o eco de uma ausência.
mas ninguém me diz o antes e o depois
nem de onde vem a música e a palavra
ninguém me diz o ritmo e a pergunta
que sem cessar se repete e não encontra
nem água nem carbono nem resposta
apenas o sussurro das marés
e as areias as ondas a cadência
ou o vento que vem do mar e a breve queixa
de quem água e carbono apenas deixa
em cada poema o eco de uma ausência.
Dicono che io sia un organismo di acqua e carbonio
ma nessuno mi parla del prima e del poi
né da dove venga la musica e la parola
nessuno mi parla del ritmo e del quesito
che senza tregua si ripete e non ottiene
né acqua né carbonio né risposta
solamente il sussurro delle maree
e le sabbie le onde il movimento
o il vento che vien dal mare e il breve lamento
di chi soltanto acqua e carbonio lascia
in ogni poesia l’eco di un’assenza.
ma nessuno mi parla del prima e del poi
né da dove venga la musica e la parola
nessuno mi parla del ritmo e del quesito
che senza tregua si ripete e non ottiene
né acqua né carbonio né risposta
solamente il sussurro delle maree
e le sabbie le onde il movimento
o il vento che vien dal mare e il breve lamento
di chi soltanto acqua e carbonio lascia
in ogni poesia l’eco di un’assenza.
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Nicolas de Staël La spiaggia di Agrigento (1954) |
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