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Príncipe
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Principe
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Príncipe:
Era de noite quando eu bati à tua porta e na escuridão da tua casa tu vieste abrir e não me conheceste. Era de noite são mil e umas as noites em que bato à tua porta e tu vens abrir e não me reconheces porque eu jamais bato à tua porta. Contudo quando eu batia à tua porta e tu vieste abrir os teus olhos de repente viram-me pela primeira vez como sempre de cada vez é a primeira a derradeira instância do momento de eu surgir e tu veres-me. Era de noite quando eu bati à tua porta e tu vieste abrir e viste-me como um náufrago sussurrando qualquer coisa que ninguém compreendeu. Mas era de noite e por isso tu soubeste que era eu e vieste abrir-te na escuridão da tua casa. Ah era de noite e de súbito tudo era apenas lábios pálpebras intumescências cobrindo o corpo de flutuantes volteios de palpitações trémulas adejando pelo rosto. Beijava os teus olhos por dentro beijava os teus olhos pensados beijava-te pensando e estendia a mão sobre o meu pensamento corria para ti minha praia jamais alcançada impossibilidade desejada de apenas poder pensar-te. São mil e umas as noites em que não bato à tua porta e vens abrir-me |
Principe:
Era notte quando io bussai alla tua porta e nell’oscurità della tua casa tu venisti ad aprire e non mi riconoscesti. Era notte sono mille e una le notti in cui busso alla tua porta e tu vieni ad aprire e non mi riconosci perché io mai busso alla tua porta. Tuttavia se io bussassi alla tua porta e tu venissi ad aprire i tuoi occhi d’un tratto mi vedrebbero per la prima volta come sempre ogni volta è la prima l’estrema imminenza dell’attimo in cui io emergo e tu mi vedi. Era notte quando io bussai alla tua porta e tu venisti ad aprire e mi vedesti come un naufrago che sussurrò qualcosa che nessuno comprese. Ma era notte e perciò tu capisti che ero io e venisti per aprirti nell’oscurità della tua casa. Ah era notte e d’un tratto tutto non fu altro che labbra palpebre tumidità che coprivano il corpo di fluttuanti volteggi di tremule palpitazioni che vorticavano sul volto. Baciavo i tuoi occhi da dentro baciavo i tuoi occhi pensati ti baciavo pensando e stendevo la mano sopra il mio pensiero correvo verso di te mia spiaggia mai conquistata impossibilità agognata di poterti soltanto pensare. Sono mille e una le notti in cui busso alla tua porta e tu vieni ad aprirmi |
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Ana Hatherly La melagrana (1971) |
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