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A matéria das palavras
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La materia delle parole
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Estamos aqui. Interrogamos símbolos persistentes.
É a hora do infinito desacerto-acerto. O vulto da nossa singularidade viaja por palavras matéria insensível de um poder esquivo. Confissões discordantes pavimentam a nossa hesitação. Há uma embriaguês de luto em nossos actos-chaves. Aspiramos à alta liberdade um bem sempre suspenso que nos crucifica. Cheios de ávidas esperanças sobrevoamos e depois mergulhamos nessa outra esfera imaginária. Com arriscada atenção aspiramos à ditosa notícia de uma perfeição especialista em fracassos. Estrangeiros sempre agudamente colhemos os frutos discordantes. |
Noi siamo qui. Meditiamo su simboli persistenti.
È l'ora dell'eterno accordo-disaccordo. L’aspetto della nostra individualità procede per parole materia insensibile d'un potere indocile. Confessioni discordanti ammantano le nostre esitazioni. V’è un’ebbrezza funesta nelle nostre azioni-chiave. Noi aspiriamo alla suprema libertà un bene sempre indistinto che ci crocifigge. Pervasi d’avide speranze prendiamo il volo e c’immergiamo poi in quest’altra sfera immaginaria. Con temerario zelo aspiriamo alla fausta novella d'una perfezione specializzata in disastri. Stranieri sempre sagacemente cogliamo i frutti discordanti. |
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Ana Hatherly in Obra Visual 1960-1990 (1992) |
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