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Que culpa terão as ondas...
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Che colpa avranno le onde...
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Que culpa terão as ondas
Dos movimentos que façam? São os ventos que as impelem E sulcos profundos traçam. Aos ventos quem lhes ordena Que rasguem rugas no mar? São as nuvens inquietas Que os não deixam sossegar. E as nuvens, almas de névoa, Porque não param, coitadas? É que as asas das gaivotas As trazem desafiadas. Mas as asas das gaivotas O cansaço há-de detê-las! Juraram buscar descanso Nas pupilas das estrelas. E como as estrelas estão altas E não tombam nem se alcançam, As asas das pobrezinhas Baldamente se cansam Baldamente se cansam, Baldamente palpitam! As nuvens, por fatalismo, Logo com elas se agitam; Os impulsos que elas dão Arrastam as ventanias; As vagas arfam nos mares Em macabras fantasias Assim as almas inquietas Prisioneiras de ansiedades, Mal que se erguem da terra, Naufragam nas tempestades! |
Che colpa avranno le onde
Dei movimenti che fanno? Sono i venti che spingendole Tracciano solchi profondi. Ai venti chi mai ordina D’aprir rughe nel mare? Sono le nubi inquiete Che non li sanno placare. E le nubi, dal cuore di bruma, Perché non si calmano, buone? Sono le ali dei gabbiani Che le sfidano alla tenzone. Ma le ali dei gabbiani Si dovranno fermare, esausti Han giurato di cercar riposo Nelle pupille degli astri. E poiché son lontane le stelle Immobili e irraggiungibili, Le ali dei poveri uccelli Inutilmente si stancano Inutilmente si stancano, Inutilmente palpitano! Le nubi, per fatalismo, Presto, con loro, s’agitano; Gl’impulsi che sanno dare risospingono i temporali; Le onde si dibattono in mare In fantasie spettrali Così le anime inquiete D’angustie prigioniere, Appena si levan da terra, Naufragano nelle bufere! |
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Peder Balke Onda (1870) |
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