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«Lundi, Rue Christine»
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«Lunedì, Rue Christine»
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A madrugada começa assim, embrutecida:
Caixas registadoras nas locas de comércio,
A lenta supuração automóvel,
Uma ressaca de pessoas.
Segunda-feira, rue Christine:
Está prestes a rebentar mais uma guerra,
Ainda sem nome e sem motivo.
Por enquanto, prosseguem as operações de limpeza,
Restam apenas algumas bolsas de resistência,
Em breve o instinto pacifista se renderá.
Segunda-feira, sento-me num café da rue Christine –
Há mais uma greve, os relógios não param
De dar horas cada vez mais curtas,
De pesar almas, o meu desejo está cansado,
Também ele em breve se renderá.
Sento-me no canto de um café,
No canto de uma segunda-feira,
Porque uma dor súbita e inútil
Me interpela pelo meu nome,
Nervo inflamado, cabo eléctrico descarnado.
Foi assim que partiste, a meio do meu nome,
Com o meu nome partido ao meio,
De que só me ficou o oco
E é de dentro dele que uma voz escura se derrama,
Incrédula e com medo, incrédula e com medo.
À volta, tudo continua, a grande montra do mundo,
O comércio de vivos e mortos,
A respirar dióxidos e monóxidos
Da ilusão de que a vida continua.
Caixas registadoras nas locas de comércio,
A lenta supuração automóvel,
Uma ressaca de pessoas.
Segunda-feira, rue Christine:
Está prestes a rebentar mais uma guerra,
Ainda sem nome e sem motivo.
Por enquanto, prosseguem as operações de limpeza,
Restam apenas algumas bolsas de resistência,
Em breve o instinto pacifista se renderá.
Segunda-feira, sento-me num café da rue Christine –
Há mais uma greve, os relógios não param
De dar horas cada vez mais curtas,
De pesar almas, o meu desejo está cansado,
Também ele em breve se renderá.
Sento-me no canto de um café,
No canto de uma segunda-feira,
Porque uma dor súbita e inútil
Me interpela pelo meu nome,
Nervo inflamado, cabo eléctrico descarnado.
Foi assim que partiste, a meio do meu nome,
Com o meu nome partido ao meio,
De que só me ficou o oco
E é de dentro dele que uma voz escura se derrama,
Incrédula e com medo, incrédula e com medo.
À volta, tudo continua, a grande montra do mundo,
O comércio de vivos e mortos,
A respirar dióxidos e monóxidos
Da ilusão de que a vida continua.
L’alba comincia così, abbrutita:
Registratori di cassa negli esercizi commerciali,
La lenta automobile suppurazione,
Flusso e riflusso di persone.
Lunedì, rue Christine:
È sul punto di far scoppiare un’altra guerra,
Ancora senza nome e senza motivo.
Frattanto, proseguono le operazioni di pulizia,
Resta soltanto qualche sacca di resistenza,
In breve l’istinto pacifista capitolerà.
Lunedì, mi siedo in un caffè di rue Christine –
C’è un altro sciopero, gli orologi non smettono
Di segnare ore sempre più corte,
Di vessare anime, è sfinito il mio desiderio,
Anche lui tra breve capitolerà.
Mi siedo nell’angolo d’un caffè,
Nell’angolo di un lunedì,
Perché un dolore improvviso e inutile
M’interpella col mio nome,
Nervo infiammato, cavo elettrico scoperto.
Fu così che te ne andasti, a metà del mio nome,
Col mio nome spezzato a metà,
Di cui a me non rimase che il vuoto
Ed è dal suo interno che sgorga una voce cupa,
Incredula e spaurita, incredula e spaurita.
Intorno, tutto continua, la grande vetrina del mondo,
Il commercio di vivi e di morti,
A respirare i diossidi e monossidi
Dell’illusione che la vita continui.
Registratori di cassa negli esercizi commerciali,
La lenta automobile suppurazione,
Flusso e riflusso di persone.
Lunedì, rue Christine:
È sul punto di far scoppiare un’altra guerra,
Ancora senza nome e senza motivo.
Frattanto, proseguono le operazioni di pulizia,
Resta soltanto qualche sacca di resistenza,
In breve l’istinto pacifista capitolerà.
Lunedì, mi siedo in un caffè di rue Christine –
C’è un altro sciopero, gli orologi non smettono
Di segnare ore sempre più corte,
Di vessare anime, è sfinito il mio desiderio,
Anche lui tra breve capitolerà.
Mi siedo nell’angolo d’un caffè,
Nell’angolo di un lunedì,
Perché un dolore improvviso e inutile
M’interpella col mio nome,
Nervo infiammato, cavo elettrico scoperto.
Fu così che te ne andasti, a metà del mio nome,
Col mio nome spezzato a metà,
Di cui a me non rimase che il vuoto
Ed è dal suo interno che sgorga una voce cupa,
Incredula e spaurita, incredula e spaurita.
Intorno, tutto continua, la grande vetrina del mondo,
Il commercio di vivi e di morti,
A respirare i diossidi e monossidi
Dell’illusione che la vita continui.
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Caoimhghin Ó Croidheáin Caos climatico e inquinamento (Aria) (2013) |
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