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Ulisses
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Ulisse
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Sentir-te-ás velho e também isto é um regresso.
O mar começara a pesar-te nos membros,
Nos olhos, porque, como tu, o mar,
Também o mar, se acastanha de lasso,
Encolhe-se e aquieta-se para dormir.
Tudo é muito longe até para o mar.
Dentro de ti há um cão morto
E um filho perdido numa qualquer
Das muitas partidas do mundo.
Velha está também essa mulher
Que tanto te esperou e agora não te reconhece.
Desteceu-se a tal ponto a sua memória,
Que, para ela, jamais exististe.
Passaste muito, mas quem sabe não foi mais perigosa
A sua travessia de cada noite
Do que todas as tuas aventuras?
Apesar da tua famosa ciência
Colhida no pó do mundo,
Dos mil olhos das tuas astúcias,
O que sabes do exílio na tua própria casa?
O mar começara a pesar-te nos membros,
Nos olhos, porque, como tu, o mar,
Também o mar, se acastanha de lasso,
Encolhe-se e aquieta-se para dormir.
Tudo é muito longe até para o mar.
Dentro de ti há um cão morto
E um filho perdido numa qualquer
Das muitas partidas do mundo.
Velha está também essa mulher
Que tanto te esperou e agora não te reconhece.
Desteceu-se a tal ponto a sua memória,
Que, para ela, jamais exististe.
Passaste muito, mas quem sabe não foi mais perigosa
A sua travessia de cada noite
Do que todas as tuas aventuras?
Apesar da tua famosa ciência
Colhida no pó do mundo,
Dos mil olhos das tuas astúcias,
O que sabes do exílio na tua própria casa?
Ti sentirai vecchio e anche questo è un regresso.
Il mare aveva cominciato a pesarti sugli arti,
Sugli occhi, perché, come te, il mare,
Sì, anche il mare, s’incupisce disfatto,
S’acciambella e s’acquieta per dormire.
Tutto è molto lontano persino per il mare.
Dentro di te c’è un cane morto
E un figlio perduto in qualcuna
Delle tante partenze dal mondo.
Vecchia s’è fatta anche questa donna
Che tanto t’ha aspettato e ora non ti riconosce.
S’è disfatta a tal punto la sua memoria,
Che, per lei, non sei mai esistito.
Tu ne hai passate tante, ma non è forse stata più rischiosa
La sua traversia d’ogni notte
Che tutte le tue avventure?
Malgrado la tua famosa esperienza
Racimolata in giro per il mondo,
Malgrado i mille occhi della tua astuzia,
Che ne sai tu dell’esilio nella tua stessa casa?
Il mare aveva cominciato a pesarti sugli arti,
Sugli occhi, perché, come te, il mare,
Sì, anche il mare, s’incupisce disfatto,
S’acciambella e s’acquieta per dormire.
Tutto è molto lontano persino per il mare.
Dentro di te c’è un cane morto
E un figlio perduto in qualcuna
Delle tante partenze dal mondo.
Vecchia s’è fatta anche questa donna
Che tanto t’ha aspettato e ora non ti riconosce.
S’è disfatta a tal punto la sua memoria,
Che, per lei, non sei mai esistito.
Tu ne hai passate tante, ma non è forse stata più rischiosa
La sua traversia d’ogni notte
Che tutte le tue avventure?
Malgrado la tua famosa esperienza
Racimolata in giro per il mondo,
Malgrado i mille occhi della tua astuzia,
Che ne sai tu dell’esilio nella tua stessa casa?
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Joseph Wright of Derby Penelope disfa il suo lavoro (1783-84) |
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