________________
|
Pecado Original
|
Peccato originale
|
Sim, Mãe! sim, quanta vez te vi chorar...,
Sem desistir de te fazer sofrer! Gozava então nem sei que atroz prazer De te arranhar no peito... e me arranhar. Mas quis lutar comigo, Mãe! lutar Contra esse monstro obscuro do meu ser. Que sonho, Mãe!: ter-me eu em meu poder, Talhar-me bom, feliz, simples, vulgar... Mãe! com que força eu vi que era impotente! ...Porque de bem mais longe e bem mais fundo A culpa do meu ser a nós dois veio. Perdoemos um ao outro, humildemente: Eu, Mãe! — ter-me o teu seio dado ao mundo; Tu, — ter-me eu feito vida no teu seio. |
Sì, Madre! sì, quante volte t’ho vista piangere...,
Eppur non rinunciavo a farti soffrire! Godevo allora di non so quale atroce piacere Nel lacerare il tuo petto... e me stesso ferire. Ma volevo lottare con me, Madre! lottare Contro questo mostro che in me vive, oscuro. Che sogno, Madre!: tenermi in mio potere, Rendermi buono, felice, semplice, normale... Madre! che trauma fu veder ch’ero impotente! ...Perché da ben più distante e più profondo La colpa del mio esistere a entrambi è toccata. Perdoniamoci a vicenda, umilmente: Io, Madre! — per avermi il tuo grembo messo al mondo; Tu, — per aver io preso vita nel tuo grembo. |
________________
|
![]() |
Artemisia Gentileschi Madonna col bambino (1610-1611) |
Nessun commento:
Posta un commento