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Hoje, dia de todos os demónios...
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Oggi, giorno di tutti i demoni...
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hoje, dia de todos os demónios
irei ao cemitério onde repousa Sá-Carneiro
a gente às vezes esquece a dor dos outros
o trabalho dos outros o coval
dos outros
ora este foi dos tais a quem não deram passaporte
de forma que embarcou clandestino
não tinha política tinha física
mas nem assim o passaram
e quando a coisa estava a ir a mais
tzzt... uma poção de estricnina
deu-lhe a moleza foi dormir
preferiu umas dores no lado esquerdo da alma
uns disparates com as pernas na hora apaziguadora
herói à sua maneira recusou-se
a beber o pátrio mijo
deu a mão ao Antero, foi-se, e pronto,
desembarcou como tinha embarcado
Sem Jeito Para o Negócio
irei ao cemitério onde repousa Sá-Carneiro
a gente às vezes esquece a dor dos outros
o trabalho dos outros o coval
dos outros
ora este foi dos tais a quem não deram passaporte
de forma que embarcou clandestino
não tinha política tinha física
mas nem assim o passaram
e quando a coisa estava a ir a mais
tzzt... uma poção de estricnina
deu-lhe a moleza foi dormir
preferiu umas dores no lado esquerdo da alma
uns disparates com as pernas na hora apaziguadora
herói à sua maneira recusou-se
a beber o pátrio mijo
deu a mão ao Antero, foi-se, e pronto,
desembarcou como tinha embarcado
Sem Jeito Para o Negócio
oggi, giorno di tutti i demoni
andrò al cimitero dove riposa Sá-Carneiro
la gente a volte scorda il dolore degli altri
il lavoro degli altri la fossa
degli altri
ecco lui fu uno di quelli a cui non diedero il passaporto
di modo che s’imbarcò clandestino
non per motivi politici ma fisici
ma neanche così lo fecero passare
e quando la cosa gli sfuggì di mano
zzz... una pozione di stricnina
gli diede il languore per dormire
preferì qualche dolore al lato sinistro dell’anima
qualche convulsione alle gambe nell’ora dell’abbandono
eroe a modo suo si rifiutò
di bere la patria urina
diede la mano ad Antero, partì, ed ecco,
sbarcò così come s’era imbarcato
Senza il Senso degli Affari
andrò al cimitero dove riposa Sá-Carneiro
la gente a volte scorda il dolore degli altri
il lavoro degli altri la fossa
degli altri
ecco lui fu uno di quelli a cui non diedero il passaporto
di modo che s’imbarcò clandestino
non per motivi politici ma fisici
ma neanche così lo fecero passare
e quando la cosa gli sfuggì di mano
zzz... una pozione di stricnina
gli diede il languore per dormire
preferì qualche dolore al lato sinistro dell’anima
qualche convulsione alle gambe nell’ora dell’abbandono
eroe a modo suo si rifiutò
di bere la patria urina
diede la mano ad Antero, partì, ed ecco,
sbarcò così come s’era imbarcato
Senza il Senso degli Affari
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Júlio Pomar Lusitânia no Bairro Latino (1985) Ritratti di Sá-Carneiro, Pintor e Sousa Cardoso |
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