________________
|
Poemas das flores
|
Poesie dei fiori
|
Se com flores se fizeram revoluções
que linda revolução daria este canteiro! Quando o clarim do Sol toca a matinas ei-las que emergem do noturno sono e as brandas, tenras hastes se perfilam. Estão fardadas de verde clorofila, botões vermelhos, faixas amarelas, penachos brancos que se balanceiam em mesuras que a aragem determina É do regulamento ser viçoso quando a seiva crepita nas nervuras e frenética ascende aos altos vértices. São flores e, como flores, abrem corolas na memória dos homens. Recorda o homem que no berço adormecia, epiderme de flor num sorriso de flor, e que entre flores correu quando era infante, ébrio de cheiros, abrindo os olhos grandes como flores. Depois, a flor que ela prendeu entre os cabelos, rede de borboletas, armadilha de unguentos, o amor à flor dos lábios, o amor dos lábios desdobrado em flor, a flor na emboscada, comprometida e ingênua, colaborante e alheia, a flor no seu canteiro à espera que a exaltem, que em respeito a violem e em sagrado a venerem. Flores estupefacientes, droga dos olhos, vício dos sentidos. Ai flores, ai flores das verdes hastes! A César o que é de César. às flores o que é das flores. |
Se si facessero rivoluzioni coi fiori
che bella rivoluzione farebbe quest’aiuola! Quando all’alba risuona la tromba del Sole, eccoli che spuntano dal notturno sonno e i molli, teneri steli si raddrizzano. Son rivestiti di verde clorofilla, con bottoni vermigli e gialle fasce, pennacchi bianchi che ondeggiano nella misura in cui la brezza li lambisce. La norma esige d’esser vigoroso quando la linfa crepita nelle nervature e frenetica risale agli alti vertici. Sono fiori e, in quanto fiori, aprono corolle nella memoria degli uomini. Ricorda l’uomo che dormiva in culla, epidermide di fiore in un sorriso di fiore, e che tra i fiori correva quand’era bimbo, ebbro di profumi, aprendo gli occhi grandi come fiori. E poi, quel fiore che lei si mise tra i capelli, rete per le farfalle, insidia di balsami, l’amore a fior di labbra, l’amore delle labbra che si dischiude in fiore, il fiore in trappola, compromesso e ingenuo, conciliante ed estraneo, il fiore nella sua aiuola in attesa che l’esaltino, che rispettosamente lo violino e religiosamente lo venerino. Fiori stupefacenti, droga degli occhi, vizio dei sensi. Oh fiori, oh fiori dai verdi steli! A Cesare quel ch’è di Cesare. ai fiori quel ch’è dei fiori. |
________________
|
Vincent van Gogh Marguerite Gachet in giardino (1890) |
Nessun commento:
Posta un commento