Poema da morte aparente


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Poema da morte aparente
Poesia della morte apparente


Nos tempos em que acontecia o que está acontecendo
 agora,
e os homens pasmavam de isso ainda acontecer no
 tempo deles,
parecia-lhes a vida podre e reles
e suspiravam por viver agora.

A suspirar e a protestar morreram.
E agora, quando se abrem as covas,
encontram-se às vezes os dentes com que rangeram,
tão brancos como se as dentaduras fossem novas.
Ai tempi in cui succedeva quello che sta succedendo
 ora,
e gli uomini si sorprendevano che questo succedesse
 ai tempi loro,
la vita pareva loro ripugnante e mediocre
e si struggevano per poter vivere ora.

A furia di struggersi e protestare sono morti.
Ed ora, quando si aprono le fosse,
a volte si trovano i denti che hanno digrignato,
così bianchi come se di nuovi denti si trattasse.
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Pieter Bruegel, il Vecchio
Trionfo della morte (1562)
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