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antiguidade
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antichità
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por estas águas azuis claras
de cristal líquido já navegaram águias de ouro barcaças elmos imensas galeras gregas habitadas por servos escravos senhores belas nobres e servas e por infinitas esperas nesta tarde sem tempo quase posso vê-los quase posso ouvi-los gritos sussurros louvores em idiomas estrangeiros no fundo deste mar de nome Mediterrâneo dormem cetros cantos tridentes tesouros lanças imortais guerreiros mortos e preciosos cântaros à noite de lua nova as sirenas calmas entoam cânticos por seus amores perdidos para sempre na vastidão da história o invisível está coberto de hera estou sentado num templo em ruínas e olho ao meu redor um vento muito pretérito chega até mim após seu longo e cansativo périplo me conta antigas narrativas e com meus olhos de nuvens percebo o imperceptível por estes caminhos milenares já marcharam as legiões romanas com seus cavalos adestrados insígnias e gládios afiados com suas gramáticas e éditos filosofias éticas e poetas com seus estandartes e bucinas espalhando democracia e desespero pelos quatro cantos da Terra. |
su queste acque azzurre e chiare
di cristallo liquido già navigarono aquile d’oro navigli elmi immense galere greche abitate da servi schiavi signori belle nobili e serve e in infinite attese in questa sera senza tempo quasi posso vederli quasi posso sentirli grida sussurri lodi in idiomi stranieri sul fondo di questo mare chiamato Mediterraneo dormono scettri canti tridenti tesori lance immortali guerrieri morti e preziose anfore nella notte di luna nuova le sirene calme intonano cantici ai loro amori perduti per sempre nella vastità della storia l’invisibile è coperto d’edera io sono seduto in un tempio in rovina e mi guardo intorno un vento molto remoto giunge fino a me dopo un lungo ed estenuante periplo mi racconta antiche vicende e con i miei occhi di nuvola avverto l’inavvertibile su questi cammini millenari già marciarono le legioni romane coi loro cavalli addestrati insegne e spade affilate con le loro grammatiche ed editti filosofie etiche e poeti con i loro stendardi e buccine diffondendo democrazia e disperazione per i quattro angoli della Terra. |
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Damien Hirst Unknown Pharaoh (2015) |
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