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aqueles verões
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quelle estati
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eram solares aqueles verões
que passávamos na ilha perdida no Atlântico Sul eram aquários coloridos cobertos de puro azul os rapazes e as moças felizes pelas praias afora – tão distinto do que vejo agora – sorriam brincavam viviam dias tão belos como marmelos ah, doces siriguelas amarelas... aqueles verões eram diferentes de tudo: o sol os mares as gentes à noite sentados nas areias acreditávamos em amores e sereias e Netuno e ouvíamos o vento devaneios aquelas casas de veraneio nas noites daqueles verões contávamos estrelas cantávamos canções e como éramos ingênuos e a vida era viva como uma água-viva naquelas manhãs naqueles arrecifes naqueles corais era uma festa sem fim ah, que saudades daqueles verões! tudo era tão lindo tão real inclusive todas as ilusões... hoje eu caminhando sozinho como marinheiro em busca de cais ainda esperando que retornem aqueles belos verões de nunca mais! meus passos se apagam pela praia deserta onde já não há mais verões nem ilusões nem moços e moças daquela época antiga ah, como são terríveis todas as coisas perdidas! |
erano piene di sole quelle estati
che passavamo sull’isola perduta nell’Atlantico del Sud erano acquari variopinti coperti di puro blu i ragazzi e le fanciulle felici su quelle spiagge – così diverso da quel che vedo ora – sorridevano giocavano vivevano giornate belle come cotogne ah, dolci frutti gialli... quelle estati erano differenti da tutto: il sole i mari la gente di notte seduti sulla sabbia credevamo all’amore e alle sirene e a Nettuno e ascoltavamo il vento vaneggianti quelle case di vacanze nelle notti di quelle estati contavamo le stelle cantavamo canzoni e com’eravamo ingenui e la vita era viva come una medusa in quei mattini su quegli scogli tra quei coralli era una festa senza fine ah, che rimpianto di quelle estati! tutto era così bello così reale comprese tutte le illusioni... oggi sto camminando da solo come un marinaio in cerca d’approdo sperando ancora che ritornino quelle belle estati che non torneranno più! svaniscono i miei passi sulla spiaggia deserta dove non ci sono più estati né illusioni né ragazzi e fanciulle di quei tempi passati ah, come sono terribili tutte le cose perdute! |
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Paul Gauguin Donne e un cavallo bianco (1903) |
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