Meu povo, meu poema


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Meu povo, meu poema
Il mio popolo, la mia poesia


Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova

No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar

No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro

Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil

Ao povo seu poema aqui devolvo
menos como quem canta
do que planta
Il mio popolo e la mia poesia crescono insieme
come nel frutto cresce
l’albero nuovo

Nel popolo la mia poesia sta nascendo
come nel canneto
nasce verde lo zucchero

Nel popolo la mia poesia è matura
come il sole
nella gola del futuro

Il mio popolo nella mia poesia
si riflette
come la spiga nel suolo fertile si fonde

Al popolo dedico qui la sua poesia
non tanto come chi canta
quando come chi pianta
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Cândido Portinari
La raccolta del cotone (1938)
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