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Agora o pesadelo é real...
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Ora l’incubo è realtà...
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Agora o pesadelo é real,
Uma agonia sem alarme.
Sentam-se em bancos de jardim,
Sofrem com os joanetes e os enfartes,
Usam de uma cortesia que parece coçada
Como os seus chapéus
E falam de guerras há muito esquecidas.
Estão em todas as fotografias
Que não foram tiradas.
Quando essas guerras acabaram
Expirado o alivio,
Tudo se tornou mais banal,
Como se o brilho da vida, à beira do abismo,
Tivesse perdido intensidade
Entre explosões, ruínas, pó,
O odor excitante de gasolina e cordite,
Esse tempo acabou e a eternidade
Está prestes a começar,
Num tédio sem bússola.
Estão a sós com a alma
Em plena sublevação.
É perigoso sentir a alma agitar-se muito,
A confundir-se com as entranhas
Procurar a superfície,
Farejar a respiração, à espreita,
À espera do sinal desde sempre combinado.
A escuridão de nenhuma voz humana.
Uma agonia sem alarme.
Sentam-se em bancos de jardim,
Sofrem com os joanetes e os enfartes,
Usam de uma cortesia que parece coçada
Como os seus chapéus
E falam de guerras há muito esquecidas.
Estão em todas as fotografias
Que não foram tiradas.
Quando essas guerras acabaram
Expirado o alivio,
Tudo se tornou mais banal,
Como se o brilho da vida, à beira do abismo,
Tivesse perdido intensidade
Entre explosões, ruínas, pó,
O odor excitante de gasolina e cordite,
Esse tempo acabou e a eternidade
Está prestes a começar,
Num tédio sem bússola.
Estão a sós com a alma
Em plena sublevação.
É perigoso sentir a alma agitar-se muito,
A confundir-se com as entranhas
Procurar a superfície,
Farejar a respiração, à espreita,
À espera do sinal desde sempre combinado.
A escuridão de nenhuma voz humana.
Ora l’incubo è realtà,
Agonia senza trepidazione.
Si siedono sulle panchine dei giardini,
Afflitti per gli alluci dolenti e per gli infarti,
Fanno uso d’una cortesia che pare logora
Come i loro cappelli
E parlano di guerre dimenticate da tempo.
Figurano in tutte le fotografie
Che non son state scattate.
Quando quelle guerre finirono,
Esaurito il sollievo,
Tutto divenne più banale,
Come se il bagliore della vita, sull’orlo dell’abisso,
Avesse perso la sua intensità
Fra esplosioni, rovine, polvere,
L’odore eccitante di benzina e cordite,
Quel tempo è finito e l’eternità
È sul punto di cominciare,
In un tedio scombussolante.
Stanno da soli con l’anima
In piena rivolta.
È pericoloso sentire l’anima in grande agitazione,
Quando, confondendosi con le viscere,
Cerca di risalire alla superficie,
Controllando il respiro, all’erta,
In attesa del segnale da sempre stabilito.
L’oscurità svuotata di voce umana.
Agonia senza trepidazione.
Si siedono sulle panchine dei giardini,
Afflitti per gli alluci dolenti e per gli infarti,
Fanno uso d’una cortesia che pare logora
Come i loro cappelli
E parlano di guerre dimenticate da tempo.
Figurano in tutte le fotografie
Che non son state scattate.
Quando quelle guerre finirono,
Esaurito il sollievo,
Tutto divenne più banale,
Come se il bagliore della vita, sull’orlo dell’abisso,
Avesse perso la sua intensità
Fra esplosioni, rovine, polvere,
L’odore eccitante di benzina e cordite,
Quel tempo è finito e l’eternità
È sul punto di cominciare,
In un tedio scombussolante.
Stanno da soli con l’anima
In piena rivolta.
È pericoloso sentire l’anima in grande agitazione,
Quando, confondendosi con le viscere,
Cerca di risalire alla superficie,
Controllando il respiro, all’erta,
In attesa del segnale da sempre stabilito.
L’oscurità svuotata di voce umana.
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Adolph Menzel Il piede dell'artista (1876) |
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