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Os domingos de Lisboa
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Le domeniche di Lisbona
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Os domingos de Lisboa são domingos
Terríveis de passar - e eu que o diga!
De manhã vais à missa a S. Domingos
E à tarde apanhamos alguns pingos
De chuva ou coçamos a barriga.
As palavras cruzadas, o cinema ou a apa,
E o dia fecha-se com um último arroto.
Mais uma hora ou duas e a noite está
Passada, e agarrada a mim como uma lapa,
Tu levas-me p'ra a cama, onde chego já morto.
E então começam as tuas exigências, as piores!
Quer's por força que eu siga os teus caprichos!
Que diabo! Nem de nós mesmos seremos já senhores?
Estaremos como o ouro nas casas de penhores
Ou no Jardim Zoológico, irracionais, os bichos?
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Mas serás tu a minha «querida esposa»,
Aquela que se me ofereceu menina?
Oh! Guarda os teus beijos de aranha venenosa!
Fecha-me esse olho branco que me goza
E deixa-me sonhar como um prédio em ruína!...
Terríveis de passar - e eu que o diga!
De manhã vais à missa a S. Domingos
E à tarde apanhamos alguns pingos
De chuva ou coçamos a barriga.
As palavras cruzadas, o cinema ou a apa,
E o dia fecha-se com um último arroto.
Mais uma hora ou duas e a noite está
Passada, e agarrada a mim como uma lapa,
Tu levas-me p'ra a cama, onde chego já morto.
E então começam as tuas exigências, as piores!
Quer's por força que eu siga os teus caprichos!
Que diabo! Nem de nós mesmos seremos já senhores?
Estaremos como o ouro nas casas de penhores
Ou no Jardim Zoológico, irracionais, os bichos?
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Mas serás tu a minha «querida esposa»,
Aquela que se me ofereceu menina?
Oh! Guarda os teus beijos de aranha venenosa!
Fecha-me esse olho branco que me goza
E deixa-me sonhar como um prédio em ruína!...
Le domeniche di Lisbona sono domeniche
Terribili da passare - non me ne parlare!
La mattina si va a messa a S. Domenico
E il pomeriggio ci prendiamo un poco
Di pioggia o stiamo in casa ad oziare.
Le parole crociate, il cinema o la pizza,
E la giornata si chiude con un ultimo rutto.
Ancora un’ora o due e la serata è
Passata, e aggrappata a me come una cozza,
Tu mi trascini a letto, dove arrivo già morto.
Ecco che cominci con le tue pretese, le peggiori!
Vuoi che per forza io segua i tuoi capricci!
Caspita! Nemmeno di noi stessi saremo più padroni?
Staremo come l’oro al monte dei pegni
O come bestie, allo Zoo, prive di ragione?
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Ma sei ancora tu la mia «amata sposa»,
Quella che a me s’offerse da bambina?
Oh! Tienti i tuoi baci da ragno velenoso!
Chiudi quest’occhio bianco che mi canzona
E lasciami sognare come una casa in rovina!...
Terribili da passare - non me ne parlare!
La mattina si va a messa a S. Domenico
E il pomeriggio ci prendiamo un poco
Di pioggia o stiamo in casa ad oziare.
Le parole crociate, il cinema o la pizza,
E la giornata si chiude con un ultimo rutto.
Ancora un’ora o due e la serata è
Passata, e aggrappata a me come una cozza,
Tu mi trascini a letto, dove arrivo già morto.
Ecco che cominci con le tue pretese, le peggiori!
Vuoi che per forza io segua i tuoi capricci!
Caspita! Nemmeno di noi stessi saremo più padroni?
Staremo come l’oro al monte dei pegni
O come bestie, allo Zoo, prive di ragione?
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Ma sei ancora tu la mia «amata sposa»,
Quella che a me s’offerse da bambina?
Oh! Tienti i tuoi baci da ragno velenoso!
Chiudi quest’occhio bianco che mi canzona
E lasciami sognare come una casa in rovina!...
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Edward Hopper Stanza a New York (1932) |
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