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A vazia sandália de S. Francisco
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Il sandalo vuoto di San Francesco
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A gratidão da macieira e a amnésia do gato
nunca pautaram o curso dos meus dias.
“Fiquem onde estão!”
foi a minha ordem para a macieira e para o gato,
ainda bem exteriores ao meu fraco por eles.
Salvei-os (e salvei-me!) de uma fábula
cuja moral necessariamente devia ser eu, o parlante
amigo de macieiras e conhecido de gatos.
Dá um certo desconforto malbaratar assim amigos
em dois reinos da natureza.
Mas também dá liberdade.
Há uma gente que desponta do outro lado do vale.
Está a correr para cá.
São os meus semelhantes.
Com eles vou desentender-me (mais que certo!),
mas a ideia que deles faço
é ainda um laço.
Repousem em paz as macieiras e os gatos.
nunca pautaram o curso dos meus dias.
“Fiquem onde estão!”
foi a minha ordem para a macieira e para o gato,
ainda bem exteriores ao meu fraco por eles.
Salvei-os (e salvei-me!) de uma fábula
cuja moral necessariamente devia ser eu, o parlante
amigo de macieiras e conhecido de gatos.
Dá um certo desconforto malbaratar assim amigos
em dois reinos da natureza.
Mas também dá liberdade.
Há uma gente que desponta do outro lado do vale.
Está a correr para cá.
São os meus semelhantes.
Com eles vou desentender-me (mais que certo!),
mas a ideia que deles faço
é ainda um laço.
Repousem em paz as macieiras e os gatos.
La gratitudine del melo e l’amnesia del gatto
non hanno mai guidato il corso dei miei giorni.
“Restate dove siete!”
fu ciò che ordinai al melo e al gatto,
per fortuna incuranti del mio debole per loro.
Ho salvato loro (e me stesso!) da una favola
la cui morale dovevo per forza essere io, il narrante
amico dei meli e compagno dei gatti.
Dà un certo disagio disdegnare così l’amicizia
coi due regni della natura.
Però rende anche liberi.
Vedo gente che spunta dall’altro lato della valle.
Stanno correndo qua.
Sono i miei simili.
Con loro mi scontrerò (è più che certo!),
ma l’idea che di loro mi faccio
è pur sempre un approccio.
Che i meli e i gatti riposino in pace.
non hanno mai guidato il corso dei miei giorni.
“Restate dove siete!”
fu ciò che ordinai al melo e al gatto,
per fortuna incuranti del mio debole per loro.
Ho salvato loro (e me stesso!) da una favola
la cui morale dovevo per forza essere io, il narrante
amico dei meli e compagno dei gatti.
Dà un certo disagio disdegnare così l’amicizia
coi due regni della natura.
Però rende anche liberi.
Vedo gente che spunta dall’altro lato della valle.
Stanno correndo qua.
Sono i miei simili.
Con loro mi scontrerò (è più che certo!),
ma l’idea che di loro mi faccio
è pur sempre un approccio.
Che i meli e i gatti riposino in pace.
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Giotto San Francesco predica agli uccelli (1290 circa) |
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