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Elogios de Manuel Bandeira - I
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Elogio di Manuel Bandeira - I
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Cinza fria
E dessas horas ardentes
Ficou essa cinza fria.
— Esta pouca cinza fria.
A cinza das horas, Manuel Bandeira
... E por isso, na sombra de meus dias,
em mais de sessenta anos perfilados,
tenho vivido quase em desconsolo,
num infinito esforço de leituras.
E já não sinto o puro encantamento,
que por diversas vezes eu sentira,
pois a idade nos traz o sentimento
de coisas muito raras e perdidas.
Dessas coisas não mais encontráveis,
— se foram encontráveis algum dia —,
e um desejo: persistir buscando,
de toda humana forma possível,
esquecendo-se inúmeros enganos,
e do que deles restou: a cinza fria.
E dessas horas ardentes
Ficou essa cinza fria.
— Esta pouca cinza fria.
A cinza das horas, Manuel Bandeira
... E por isso, na sombra de meus dias,
em mais de sessenta anos perfilados,
tenho vivido quase em desconsolo,
num infinito esforço de leituras.
E já não sinto o puro encantamento,
que por diversas vezes eu sentira,
pois a idade nos traz o sentimento
de coisas muito raras e perdidas.
Dessas coisas não mais encontráveis,
— se foram encontráveis algum dia —,
e um desejo: persistir buscando,
de toda humana forma possível,
esquecendo-se inúmeros enganos,
e do que deles restou: a cinza fria.
Cenere gelata
E di queste ore ardenti
Restò questa cenere gelata.
— Un po’ di cenere gelata.
A cinza das horas, Manuel Bandeira
... E dunque, all’ombra dei miei giorni,
in più di sessant’anni fatti e finiti,
ho vissuto quasi con tormento,
in un fervore immane di letture.
E più non sento il puro incantamento,
che varie volte avevo già sentito,
poiché l’età ci dona il sentimento
delle cose molto rare e perdute.
Di quelle cose ormai irreperibili,
— se mai reperibili son state —,
e un desiderio: insistere cercando,
in ogni modo umanamente possibile,
scordandosi i tanti disinganni,
e ciò che resta è: cenere gelata.
E di queste ore ardenti
Restò questa cenere gelata.
— Un po’ di cenere gelata.
A cinza das horas, Manuel Bandeira
... E dunque, all’ombra dei miei giorni,
in più di sessant’anni fatti e finiti,
ho vissuto quasi con tormento,
in un fervore immane di letture.
E più non sento il puro incantamento,
che varie volte avevo già sentito,
poiché l’età ci dona il sentimento
delle cose molto rare e perdute.
Di quelle cose ormai irreperibili,
— se mai reperibili son state —,
e un desiderio: insistere cercando,
in ogni modo umanamente possibile,
scordandosi i tanti disinganni,
e ciò che resta è: cenere gelata.
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Carl Spitzweg Il topo di biblioteca (1850) |
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