éguas e vento

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éguas e vento

giumente e vento

dizes que emprenham éguas do vento dizes que o vento não lhes dá tréguas, dizes que o tejo corre barrento por muitas léguas. dizes que bebem nas águas éguas, crina enredada, ventre sedento, digas, desdigas, o vento é cego: as margens fogem no assombramento. no rodopio vai-se a paisagem e a égua é fogo. De alucinada, quando os sentidos turvos reagem, suão fecundo, estéril nortada: dão seus relinchos através da imagem potros de nada.

dici che le giumente ingravidano col vento dici che il vento non dà loro tregua, dici che il tago scorre turbolento per molte leghe. dici che bevono quelle acque le giumente, criniere arruffate, ventre bramoso, che tu dica o disdica, il vento è cieco: i contorni sfuggono nell’offuscamento. nel turbinio svanisce il paesaggio e la giumenta è fuoco. Allucinata, quando smaniosi reagiscono i sensi, fecondo il sudore, sterile la tramontana: attraverso la fantasia mandano nitriti puledri fatti di niente.

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Giorgio De Chirico
Divini cavalli (1963)

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