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O ar e os tectos
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L’aria e i soffitti
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Aqui o inverno mata as profissões que têm acesso ao ar,
a dos que andam por fora
por ruas e por roupas, com as vias da respiração
opressas
porque estão a erguer
casas de telha vã e pastoreiam
só animais que restam impolutos
das ribeiras cheias
de temporais e frutos
que nas águas tristes se despenham.
Como repetido é sempre o inverno,
com a chacina de animais,
com os ventos iguais que nos descoram,
as cornijas nas ruas devorando
os temporais
e nós, sem profissões libertas, também
a erguer os corpos
opressos pelos tectos.
a dos que andam por fora
por ruas e por roupas, com as vias da respiração
opressas
porque estão a erguer
casas de telha vã e pastoreiam
só animais que restam impolutos
das ribeiras cheias
de temporais e frutos
que nas águas tristes se despenham.
Como repetido é sempre o inverno,
com a chacina de animais,
com os ventos iguais que nos descoram,
as cornijas nas ruas devorando
os temporais
e nós, sem profissões libertas, também
a erguer os corpos
opressos pelos tectos.
Qui l’inverno uccide le professioni all’aria aperta,
quelle di chi se ne sta fuori
in abiti da esterno, con le vie respiratorie
oppresse
perché stanno tirando su
case con tegole vuote e pascolano
solo animali che restano incontaminati
dai torrenti pieni
di temporali e di frutti
che nelle acque tristi si sfracellano.
Come già detto è sempre l’inverno,
con la sua strage di animali,
coi venti uguali che ci scoraggiano,
le gronde lungo le vie che divorano
i temporali
e anche noi, pur senza professioni libere,
a tirare su i corpi
oppressi dai soffitti.
quelle di chi se ne sta fuori
in abiti da esterno, con le vie respiratorie
oppresse
perché stanno tirando su
case con tegole vuote e pascolano
solo animali che restano incontaminati
dai torrenti pieni
di temporali e di frutti
che nelle acque tristi si sfracellano.
Come già detto è sempre l’inverno,
con la sua strage di animali,
coi venti uguali che ci scoraggiano,
le gronde lungo le vie che divorano
i temporali
e anche noi, pur senza professioni libere,
a tirare su i corpi
oppressi dai soffitti.
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Marino Marini Piccolo cavaliere (1946) |
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