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Tudo vive em mim...
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Tutto vive in me...
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Tudo vive em mim. Tudo se entranha
Na minha tumultuada vida. E por isso Não te enganas, homem, meu irmão, Quando dizes na noite, que só a mim me vejo. Vendo-me a mim, a ti. E a esses que passam Nas manhãs, carregados de medo, de pobreza, O olhar aguado, todos eles em mim, Porque o poeta é irmão do escondido das gentes Descobre além da aparência, é antes de tudo LIVRE, e por isso conhece. Quando o poeta fala Fala do seu quarto, não fala do palanque, Não está no comício, não deseja riqueza Não barganha, sabe que o ouro é sangue Tem os olhos no espírito do homem No possível infinito. Sabe de cada um A própria fome. E porque é assim, eu te peço: Escuta-me. Olha-me. Enquanto vive um poeta O homem está vivo. |
Tutto vive in me. Tutto s’incista
Nella mia vita burrascosa. E dunque Non ti sbagli, uomo, fratello mio, Quando di notte dici, che solo me stessa vedo. E vedo me e te. E quelli che passano Al mattino, oppressi dalla paura, dalla miseria, Lo sguardo acquoso, tutti loro in me Perché il poeta è fratello del lato occulto della gente Sa scorgere al di là dell’apparenza, è anzitutto LIBERO, e perciò conosce. Quando il poeta parla Parla dalla sua stanza, non parla dal piedistallo, Non è ad un’assemblea, non ambisce a ricchezze, Non intriga, sa che l’oro è sangue Punta gli occhi verso lo spirito dell’uomo, Nell’infinito possibile. Riconosce in ciascuno La propria fame. E poiché è così, io ti prego: Ascoltami. Guardami. Finché vive un poeta L’uomo è vivo. |
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Marc Chagall Doppio profilo su fondo blu e verde (1950) |
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