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Aquela
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Quella
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Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela Que muitas filhas te deu, casou donzela E à noite se prepara e se adivinha Objeto de amor, atenta e bela. Aflição de não ser a grande ilha Que te retém e não te desespera. (A noite como fera se avizinha) Aflição de ser água em meio à terra E ter a face conturbada e móvel. E a um só tempo múltipla e imóvel Não saber se se ausenta ou se te espera. Aflição de te amar, se te comove. E sendo água, amor, querer ser terra. |
Amarezza d’esser io e non un’altra.
Amarezza per non essere, amore, quella Che molte figlie ti diede, si sposò fanciulla E per la notte si prepara e si pregusta Oggetto d’amore, premurosa e bella. Amarezza per non essere la grande isola Che ti trattiene e non ti dà tormento. (La notte è una belva in avvicinamento) Amarezza d’essere acqua in mezzo alla terra E aver la superficie inquieta e mobile. E al tempo stesso multipla e immobile Non sapere se t’aspetta o se è distante. Amarezza d’amarti, se ti disorienta. E pur essendo acqua, amore, mi vorrei terra. |
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Henri Matisse La Giapponese (1905) |
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