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Humanidade
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Umanità
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Na tarde calma e fria que circula
por entre os eucaliptos e a distância,
olhando as nuvens quase nada rubras
e a névoa consentida pelos montes,
névoa não subindo por não ser
fumo da vida que trabalha e teima,
e olhando uma verdura fugitiva
que a noite no céu queima tão depressa,
esqueço-me que há gente em cada parte,
gente que, de sempre, sofre e morre,
e agora morre mais ou sofre mais,
esqueço-me que a esperança abandonada,
a não ser de ninguém, é sempre minha,
esqueço-me que os homens a renovam,
que o fumo de seus lares sobe nos ares.
Esqueço-me de ouvir cheirar a Terra,
esqueço-me que vivo… E anoitece.
por entre os eucaliptos e a distância,
olhando as nuvens quase nada rubras
e a névoa consentida pelos montes,
névoa não subindo por não ser
fumo da vida que trabalha e teima,
e olhando uma verdura fugitiva
que a noite no céu queima tão depressa,
esqueço-me que há gente em cada parte,
gente que, de sempre, sofre e morre,
e agora morre mais ou sofre mais,
esqueço-me que a esperança abandonada,
a não ser de ninguém, é sempre minha,
esqueço-me que os homens a renovam,
que o fumo de seus lares sobe nos ares.
Esqueço-me de ouvir cheirar a Terra,
esqueço-me que vivo… E anoitece.
Nella serata calma e fresca che circola
tra gli eucalipti e la distanza,
guardando le nuvole appena imporporate
e la nebbia insinuata tra i monti,
nebbia che non s’alza non essendo
vapore della vita che fatica e insiste,
e guardando una fugace verzura
che la notte nel cielo precocemente brucia,
io dimentico che per ogni dove c’è gente,
gente che, da sempre, soffre e muore,
ed ora muore di più o soffre più ancora,
dimentico che la speranza abbandonata,
non appartenendo a nessuno, è sempre mia,
dimentico che gli uomini la rinnovano,
che il fumo dei loro focolari sale in aria.
Dimentico di sentire il profumo della Terra,
dimentico d’esser vivo ... E la notte cade.
tra gli eucalipti e la distanza,
guardando le nuvole appena imporporate
e la nebbia insinuata tra i monti,
nebbia che non s’alza non essendo
vapore della vita che fatica e insiste,
e guardando una fugace verzura
che la notte nel cielo precocemente brucia,
io dimentico che per ogni dove c’è gente,
gente che, da sempre, soffre e muore,
ed ora muore di più o soffre più ancora,
dimentico che la speranza abbandonata,
non appartenendo a nessuno, è sempre mia,
dimentico che gli uomini la rinnovano,
che il fumo dei loro focolari sale in aria.
Dimentico di sentire il profumo della Terra,
dimentico d’esser vivo ... E la notte cade.
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Piet Mondrian Campo con alberi al tramonto (1908) |
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