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O Balouço
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L’altalena
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Como balouça pelos ares no espaço
entre arvoredo que tremula e saias
que lânguidas esvoaçam indiscretas!
Que pernas se entrevêem, e que mais
não vê o que indiscreto se reclina
no gozo de escondido se mostrar!
Que olhar e que sapato pelos ares,
na luz difusa como névoa ardente
do palpitar de entranhas na folhagem!
Como um jardim se emprenha de volúpia,
torcendo-se nos ramos e nos gestos,
nos dedos que se afilam, e nas sombras!
Que roupas se demoram e constrangem
o sexo e os seios que avolumam presos,
e adivinhados na malícia tensa!
Que estátuas e que muros se balouçam
nessa vertigem de que as cordas são
tão córnea a graça de um feliz marido!
Como balouça, como adeja, como
é galanteio o gesto com que, obsceno,
o amante se deleita olhando apenas!
Como ele a despe e como ela resiste
no olhar que pousa enviesado e arguto
sabendo quantas rendas a rasgar!
Como do mundo nada importa mais!
entre arvoredo que tremula e saias
que lânguidas esvoaçam indiscretas!
Que pernas se entrevêem, e que mais
não vê o que indiscreto se reclina
no gozo de escondido se mostrar!
Que olhar e que sapato pelos ares,
na luz difusa como névoa ardente
do palpitar de entranhas na folhagem!
Como um jardim se emprenha de volúpia,
torcendo-se nos ramos e nos gestos,
nos dedos que se afilam, e nas sombras!
Que roupas se demoram e constrangem
o sexo e os seios que avolumam presos,
e adivinhados na malícia tensa!
Que estátuas e que muros se balouçam
nessa vertigem de que as cordas são
tão córnea a graça de um feliz marido!
Como balouça, como adeja, como
é galanteio o gesto com que, obsceno,
o amante se deleita olhando apenas!
Como ele a despe e como ela resiste
no olhar que pousa enviesado e arguto
sabendo quantas rendas a rasgar!
Como do mundo nada importa mais!
Come oscilla su e giù nello spazio
tra il fogliame fremente e le crinoline
che languide svolazzano indiscrete!
Che gambe s’intravedono, e che altro
non vede costui che indiscreto si sporge
furtivamente godendo nel palesarsi!
Che sguardo, e quella scarpetta per aria,
nella luce diffusa come bruma ardente
per il palpitare dei sensi tra gli arbusti!
Come il giardino di voluttà s’impregna,
contorcendosi tra i rami e tra i gesti,
con dita che s’aguzzano, e nell’ombra!
E gli indumenti che opprimono e costringono
il sesso e i seni che rinchiusi inturgidiscono,
e s’indovinano nella smaniosa malizia!
Come le statue e i muri ondeggiano
in quest’ebbrezza le cui corde rendono
così ferreo il diletto del marito felice!
Come dondola, come volteggia lei, e come
é galante il gesto con cui, osceno,
l’amante si sollazza guardando solamente!
Come lui la sveste e come lei resiste
allo sguardo che si posa traverso e arguto
sapendo quanti pizzi dovrà strappare!
Come del mondo nulla importa ormai!
tra il fogliame fremente e le crinoline
che languide svolazzano indiscrete!
Che gambe s’intravedono, e che altro
non vede costui che indiscreto si sporge
furtivamente godendo nel palesarsi!
Che sguardo, e quella scarpetta per aria,
nella luce diffusa come bruma ardente
per il palpitare dei sensi tra gli arbusti!
Come il giardino di voluttà s’impregna,
contorcendosi tra i rami e tra i gesti,
con dita che s’aguzzano, e nell’ombra!
E gli indumenti che opprimono e costringono
il sesso e i seni che rinchiusi inturgidiscono,
e s’indovinano nella smaniosa malizia!
Come le statue e i muri ondeggiano
in quest’ebbrezza le cui corde rendono
così ferreo il diletto del marito felice!
Come dondola, come volteggia lei, e come
é galante il gesto con cui, osceno,
l’amante si sollazza guardando solamente!
Come lui la sveste e come lei resiste
allo sguardo che si posa traverso e arguto
sapendo quanti pizzi dovrà strappare!
Come del mondo nulla importa ormai!
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Jean Honore Fragonard L'altalena (1767-1768) |
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