________________
|
A carga
|
Il carico
|
Uma rua me conduzia até o porto.
E eu era a rua com as suas janelas dilaceradas
e o sol depositado na areia materna.
Eu levava para a beira do mar tudo o que surgia
à minha passagem: portas, rostos, vozes, colônias de cupim
e réstias de cebola que amadureciam na sombra
dos armazéns próvidos. E sacos de açúcar. E as chuvas
que haviam enegrecido os telhados das casas.
Era um dia de dádivas. Nada estava perdido.
As ondas celebravam a beleza do mundo.
A terra ostentava a promessa da vida.
E eu depositava a minha leve carga
nos porões dos navios enferrujados.
E eu era a rua com as suas janelas dilaceradas
e o sol depositado na areia materna.
Eu levava para a beira do mar tudo o que surgia
à minha passagem: portas, rostos, vozes, colônias de cupim
e réstias de cebola que amadureciam na sombra
dos armazéns próvidos. E sacos de açúcar. E as chuvas
que haviam enegrecido os telhados das casas.
Era um dia de dádivas. Nada estava perdido.
As ondas celebravam a beleza do mundo.
A terra ostentava a promessa da vida.
E eu depositava a minha leve carga
nos porões dos navios enferrujados.
Una strada mi portava fino al porto.
Ed ero io la strada con le sue finestre sfasciate
e il sole deposto sulla sabbia materna.
Io portavo in riva al mare tutto ciò che appariva
al mio passaggio: porte, volti, voci, colonie di termiti
e gambi di cipolla che germogliavano all’ombra
dei magazzini ricolmi. E sacchi di zucchero. E le piogge
che avevano scurito i tetti delle case.
Era un giorno di offerte. Nulla andava perduto.
Le onde celebravano la bellezza del mondo.
La terra ostentava promesse di vita.
Ed io depositavo il mio carico lieve
nelle stive dei navigli arrugginiti.
Ed ero io la strada con le sue finestre sfasciate
e il sole deposto sulla sabbia materna.
Io portavo in riva al mare tutto ciò che appariva
al mio passaggio: porte, volti, voci, colonie di termiti
e gambi di cipolla che germogliavano all’ombra
dei magazzini ricolmi. E sacchi di zucchero. E le piogge
che avevano scurito i tetti delle case.
Era un giorno di offerte. Nulla andava perduto.
Le onde celebravano la bellezza del mondo.
La terra ostentava promesse di vita.
Ed io depositavo il mio carico lieve
nelle stive dei navigli arrugginiti.
________________
|
Giovanni Fattori Tramonto sul mare (1890-1895) |
Nessun commento:
Posta un commento