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Última canção de Hiroxima
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Ultima canzone di Hiroshima
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Mil novecentos e quarenta e cinco.
Manhã de seis de agosto. A esfinge atômica, de repente uma chuva de explosivos, incendeia as paredes de Hiroxima. Os jardins de papoulas e de lótus, campos de arroz e plantações de trigo. Noivas e noivos não tiveram tempo de erguer um brinde à essência da matéria. Odor de enxofre cala os passarinhos. Árvores são fantasmas de espantalhos que já não pastoreiam madrugadas. No espaço em chamas pairam cogumelos. Seu bailado é uma dança de ciclopes para um noivado de baleias mortas. |
Millenovecentoquarantacinque. Mattina del 6 agosto. La sfinge atomica, d’un tratto una pioggia di esplosivi, incendia i muri di Hiroshima. I giardini di papaveri e di loto, campi di riso e piantagioni di grano. Spose e sposi non ebbero il tempo di brindare all’essenza della materia. L’odore di zolfo fa tacere gli uccellini. Gli alberi sono fantasmi di spaventapasseri che più non conducono le albe al pascolo. Nello spazio in fiamme fluttuano funghi. Il loro ballo è una danza di ciclopi per gli sponsali di balene morte. |
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Yumi Karasumaru Hiroshima nr. 3 (2015) |
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