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Estou à tua espera...
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Sto in attesa di te...
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Estou à tua espera
E sou uma multidão que passa,
Flui e reflui, e talvez me impeça
De te ver.
Esperar-te não fará por ti o caminho,
Amar-te não será em ti amor,
Não é sequer a melodia
Que a mim trará o teu coração ouvindo,
Mas espero-te e há por isso
Tanta coisa de mim que voa,
Talvez até ao próprio chão
Não resista a lançar-se no espaço.
Esperar por ti é ouvir-te,
Mesmo que não chegues,
Mesmo que a multidão que passa venha
Impreterível, devolver-me pedaços,
Até me recompor sozinho.
Espero-te e sou assim alguém que lança
Água no deserto e espera
Que, à força de esperar, a água cresça.
E sou uma multidão que passa,
Flui e reflui, e talvez me impeça
De te ver.
Esperar-te não fará por ti o caminho,
Amar-te não será em ti amor,
Não é sequer a melodia
Que a mim trará o teu coração ouvindo,
Mas espero-te e há por isso
Tanta coisa de mim que voa,
Talvez até ao próprio chão
Não resista a lançar-se no espaço.
Esperar por ti é ouvir-te,
Mesmo que não chegues,
Mesmo que a multidão que passa venha
Impreterível, devolver-me pedaços,
Até me recompor sozinho.
Espero-te e sou assim alguém que lança
Água no deserto e espera
Que, à força de esperar, a água cresça.
Sto in attesa di te
E sono la folla che passa,
Che fluisce e rifluisce, e forse
M’impedisce di vederti.
Aspettarti non aprirà per te il cammino,
Amarti non sarà amore in te,
E non sarà neppure quella melodia
Che indurrà il tuo cuore ad ascoltarmi,
Ma io t’aspetto ed ecco che
Tanta parte di me prende il volo,
Forse persino il mio stesso suolo
Non resiste a lanciarsi nello spazio.
Aspettarti è udirti,
Malgrado tu non giunga,
Malgrado la folla che passa venga
A restituirmi i pezzi, con urgenza
Perché io possa ricompormi da solo.
Io t’aspetto e così sono come uno che semina
Acqua nel deserto e aspetta
Che, a forza d’aspettare, l’acqua cresca.
E sono la folla che passa,
Che fluisce e rifluisce, e forse
M’impedisce di vederti.
Aspettarti non aprirà per te il cammino,
Amarti non sarà amore in te,
E non sarà neppure quella melodia
Che indurrà il tuo cuore ad ascoltarmi,
Ma io t’aspetto ed ecco che
Tanta parte di me prende il volo,
Forse persino il mio stesso suolo
Non resiste a lanciarsi nello spazio.
Aspettarti è udirti,
Malgrado tu non giunga,
Malgrado la folla che passa venga
A restituirmi i pezzi, con urgenza
Perché io possa ricompormi da solo.
Io t’aspetto e così sono come uno che semina
Acqua nel deserto e aspetta
Che, a forza d’aspettare, l’acqua cresca.
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Salvador Dalí Galatea e le sfere (1952) |
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