Nome :
Collezione : Altra traduzione : |
________________
|
As prostitutas
|
Le prostitute
|
Naquele tempo,
elas desciam à vila, as prostitutas – a única saída, exactíssima resposta para a nossa angústia seminal acumulada. Vinham de Vale da Porca, ou outra terra assim pasmada. Traziam na cabeça lenços garridos, na carteira de mão a triste história: a sedução primária, a miséria espessa, mas jamais o vício mercenário. Nas eiras recebiam as nossas águas, de permeio plantados como reis. Procuravam lisonjeiras acertar seu êxtase fingido com o nosso. Beijavam-nos, diziam: tão novinho! Suportavam-nos insultos e arremessos. Com a mão experiente (mas não habituada) guiavam-nos na bela, impreterível, urgente aprendizagem, concediam-nos crédito e carinho – as tão castas mulhers, as prostitutas. |
In quei tempi
loro scendevano in paese, le prostitute – il nostro unico sfogo, la risposta perfetta alla nostra ansia seminale accumulata. Venivano dalla Vale da Porca o da qualche posto simile dimenticato da dio. Portavano sul capo dei fazzoletti vivaci e dentro la borsetta la loro triste storia: il fascino ingenuo e la dura miseria, però mai il puro vizio mercenario. Nell’aia, piantati tra le loro gambe come re, noi elargivamo le nostre acque. Per lusingarci cercavano di far coincidere il loro finto orgasmo con il nostro. Ci baciavano, dicendo: come sei giovane! Sopportavano i nostri insulti e il rude impeto. Con mano esperta (ma non assuefatta) ci guidavano in quel piacevole, indifferibile e urgente apprendistato, dispensandoci credito e affetto – quelle donne così caste, le prostitute. |
________________
|
Henri de Toulouse-Lautrec Il sofà (~1895) |
Nessun commento:
Posta un commento