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Não me conheces, não te conheço...
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Non mi conosci, non ti conosco...
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Não me conheces, não te conheço.
Acontece que nos cruzamos todos os dias
E partilhamos durante cinco minutos
O mesmo segmento do caminho.
Não quer dizer nada, eu sei.
Mas começo a conhecer-te a roupa
E os sinais da tua beleza amarrotada
Pela falta de sono, cujas cinzas frias
Permanecem no teu rosto;
Ou talvez seja outra coisa, outro agente
Que não a falta de sono
Nessa tua vida, de que apenas vejo
Cinco minutos por dia, cinco vezes por semana.
Claro, nada a dizer, a asa de nenhum pretexto,
A não ser, certa manhã,
Chuvosa sem razão nenhuma,
Uma opressão surda em mim
Enquanto julgo que já não vens –
Mas, de súbito, passas a correr
E de um salto entras no autocarro,
Perfeita imagem do amor.
Acontece que nos cruzamos todos os dias
E partilhamos durante cinco minutos
O mesmo segmento do caminho.
Não quer dizer nada, eu sei.
Mas começo a conhecer-te a roupa
E os sinais da tua beleza amarrotada
Pela falta de sono, cujas cinzas frias
Permanecem no teu rosto;
Ou talvez seja outra coisa, outro agente
Que não a falta de sono
Nessa tua vida, de que apenas vejo
Cinco minutos por dia, cinco vezes por semana.
Claro, nada a dizer, a asa de nenhum pretexto,
A não ser, certa manhã,
Chuvosa sem razão nenhuma,
Uma opressão surda em mim
Enquanto julgo que já não vens –
Mas, de súbito, passas a correr
E de um salto entras no autocarro,
Perfeita imagem do amor.
Non mi conosci, non ti conosco.
Succede che c’incrociamo tutti i giorni
E per cinque minuti condividiamo
Lo stesso tratto di strada.
Non significa niente, lo so.
Ma comincio a riconoscere i tuoi abiti
E i segni della tua bellezza maltrattata
Dalla mancanza di sonno, le cui fredde ceneri
Permangono sul tuo viso;
O forse è qualcos’altro, un agente diverso
Dalla mancanza di sonno
In questa tua vita, di cui non vedo che
Cinque minuti al giorno, cinque volte la settimana.
Ovvio, niente da dire, non c’è bisogno di scuse,
Se non che, una certa mattina,
Piovosa senza ragione alcuna,
Una segreta angoscia in me
Al pensiero che ormai tu non verrai –
Ma, d’un tratto, tu passi correndo
E con un salto sali sull’autobus,
Perfetta immagine dell’amore.
Succede che c’incrociamo tutti i giorni
E per cinque minuti condividiamo
Lo stesso tratto di strada.
Non significa niente, lo so.
Ma comincio a riconoscere i tuoi abiti
E i segni della tua bellezza maltrattata
Dalla mancanza di sonno, le cui fredde ceneri
Permangono sul tuo viso;
O forse è qualcos’altro, un agente diverso
Dalla mancanza di sonno
In questa tua vita, di cui non vedo che
Cinque minuti al giorno, cinque volte la settimana.
Ovvio, niente da dire, non c’è bisogno di scuse,
Se non che, una certa mattina,
Piovosa senza ragione alcuna,
Una segreta angoscia in me
Al pensiero che ormai tu non verrai –
Ma, d’un tratto, tu passi correndo
E con un salto sali sull’autobus,
Perfetta immagine dell’amore.
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Lisa Turner Bus Stop (2021) |
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