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Todas as manhãs
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Ogni mattina
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Todas as manhãs acoito sonhos
e acalento entre a unha e a carne uma agudíssima dor. Todas as manhãs tenho os punhos sangrando e dormentes tal é a minha lida cavando, cavando torrões de terra, até lá, onde os homens enterram a esperança roubada de outros homens. Todas as manhãs junto ao nascente dia ouço a minha voz-banzo, âncora dos navios de nossa memória. E acredito, acredito sim que os nossos sonhos protegidos pelos lençóis da noite ao se abrirem um a um no varal de um novo tempo escorrem as nossas lágrimas fertilizando toda a terra onde negras sementes resistem reamanhecendo esperanças em nós. |
Ogni mattina dò ricetto ai sogni
e covo tra l’unghia e la carne un’acutissima pena. Ogni mattina ho i pugni sanguinanti e intorpiditi per la mia grande fatica nello scavare, scavare zolle di terra, fin dove gli uomini interrano la speranza rubata ad altri uomini. Ogni mattina allo spuntar del giorno odo la mia voce-banzo, ancora delle navi della nostra memoria. E credo, sì credo che i nostri sogni protetti dai lenzuoli della notte, nel dischiudersi uno ad uno sullo stenditoio d’un nuovo tempo, facciano sgocciolare le nostre lacrime fertilizzando tutta la terra in cui nere sementi resistono risvegliando dentro di noi speranze. |
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Bertina Lopes Totem (1970) |
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