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As gaivotas da manhã...
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I gabbiani del mattino...
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As gaivotas da manhã acordaram-me. O canto
é delas ou foi recolhido nas águas? Um raio de sol atravessa o quarto e trepa hesitante pela cama; deita-se connosco como se fosse um gato. Estendo a árvore flexível do corpo e penso como é bom esquecer-me da idade e dos outros e do mundo que felizmente se esquece muitas vezes de mim. Não sei de que lado estou se me deitei à direita ou à esquerda da minha amiga. Agrada-me o rumor dela quando se aconchega ao meu corpo sem ter ouvido ainda o piar das gaivotas nem as patas perfumadas do sol a nosso lado. |
I gabbiani del mattino m’han destato. Il canto
è il loro o è stato raccolto dalle acque? Un raggio di sole attraversa la stanza e s’inerpica esitante sopra il letto; si corica con noi come se fosse un gatto. Distendo l’albero flessibile del mio corpo e penso com’è bello scordarsi dell’età e degli altri e del mondo che per fortuna si scorda molto spesso di me. Non so da che parte mi trovo se mi sono coricato a destra o a sinistra della mia amica. Mi piace il sospiro che fa quando si rannicchia contro il mio corpo senza aver ancora udito il garrito dei gabbiani né le zampe profumate del sole accanto a noi. |
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Yu Zhao Mare, vento, gabbiani (2018) |
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