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A cidade e os livros
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La città e i libri
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para D. Vanna Piraccini
O Rio parecia inesgotável àquele adolescente que era eu. Sozinho entrar no ônibus Castelo, saltar no fim da linha, andar sem medo no centro da cidade proibida, em meio à multidão que nem notava que eu não lhe pertencia - e de repente, anônimo entre anônimos, notar eufórico que sim, que pertencia a ela, e ela a mim - , entrar em becos, travessas, avenidas, galerias, cinemas, livrarias: Leonardo da Vinci Larga Rex Central Colombo Marrecas Íris Meio-Dia Cosmos Alfândega Cruzeiro Carioca Marrocos Passos Civilização Cavé Saara São José Rosário Passeio Público Ouvidor Padrão Vitória Lavradio Cinelândia: lugares que antes eu nem conhecia abriam-se em esquinas infinitas de ruas doravante prolongáveis. |
per D. Vanna Piraccini
Rio pareva sconfinata a quell’adolescente che ero io. Salire da solo sull’autobus Castelo, scendere al capolinea, andar senza timore al centro della città proibita, in mezzo alla moltitudine che neppur notava che io non le appartenevo - e ad un tratto, anonimo tra anonimi, notare euforico che sì, io appartenevo a lei, e lei a me - , entrare in vicoli, passaggi, viali, gallerie, cinema, librerie: Leonardo da Vinci Larga Rex Central Colombo Marrecas Íris Meio-Dia Cosmos Alfândega Cruzeiro Carioca Marrocos Passos Civilização Cavé Saara São José Rosário Passeio Público Ouvidor Padrão Vitória Lavradio Cinelândia: posti che prima nemmeno conoscevo si aprivano a innumerevoli angoli di strade d’ora in poi prolungabili. |
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Colin Thompson Libreria (1990) |
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