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Brasil
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Brasile
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Brasil onde vivi, Brasil onde penei,
Brasil dos meus assombros de menino:
Há quanto tempo já que te deixei,
Cais do lado de lá do meu destino!
Que milhas de angústia no mar da saudade!
Que salgado pranto no convés da ausência!
Chegar. Perder-te mais. Outra orfandade,
Agora sem o amparo da inocência.
Dois pólos de atracção no pensamento!
Duas ânsias opostas nos sentidos!
Um purgatório em que o sofrimento
Nunca avista um dos céus apetecidos.
Ah, desterro do rosto em cada face,
Tristeza dum regaço repartido!
Antes o desespero naufragasse
Entre o chão encontrado e o chão perdido.
Brasil dos meus assombros de menino:
Há quanto tempo já que te deixei,
Cais do lado de lá do meu destino!
Que milhas de angústia no mar da saudade!
Que salgado pranto no convés da ausência!
Chegar. Perder-te mais. Outra orfandade,
Agora sem o amparo da inocência.
Dois pólos de atracção no pensamento!
Duas ânsias opostas nos sentidos!
Um purgatório em que o sofrimento
Nunca avista um dos céus apetecidos.
Ah, desterro do rosto em cada face,
Tristeza dum regaço repartido!
Antes o desespero naufragasse
Entre o chão encontrado e o chão perdido.
Brasile, ove vissi, Brasile ove patii,
Brasile delle mie angosce di bambino:
Da tanto tempo ormai ti lasciai,
Approdo sull’altra riva del destino!
Quante miglia d’angustia nel mare del rimpianto!
Quanti pianti salmastri sulla plancia dell’assenza!
Approdare. Perderti ancora. Altra orfanità,
Ma ora senza l’appoggio dell’innocenza.
Due poli d’attrazione nel pensiero!
Due ansie opposte nei sentimenti!
Un purgatorio in cui la sofferenza
Non scorge mai uno dei cieli agognati.
Ah, isolamento d’ogni lato del viso,
Tristezza d’un grembo ripartito!
Prima che lo sconforto naufragasse
Tra il suolo trovato e il suolo perduto.
Brasile delle mie angosce di bambino:
Da tanto tempo ormai ti lasciai,
Approdo sull’altra riva del destino!
Quante miglia d’angustia nel mare del rimpianto!
Quanti pianti salmastri sulla plancia dell’assenza!
Approdare. Perderti ancora. Altra orfanità,
Ma ora senza l’appoggio dell’innocenza.
Due poli d’attrazione nel pensiero!
Due ansie opposte nei sentimenti!
Un purgatorio in cui la sofferenza
Non scorge mai uno dei cieli agognati.
Ah, isolamento d’ogni lato del viso,
Tristezza d’un grembo ripartito!
Prima che lo sconforto naufragasse
Tra il suolo trovato e il suolo perduto.
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Rosana de Paula-Cessac Recordo da Infancia II (2010) |
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