Velha História


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Velha história
Vecchia storia


Depois de atravessar muitos caminhos
Um homem chegou a uma estrada clara e extensa
Cheia de calma e luz.
O homem caminhou pela estrada afora
Ouvindo a voz dos pássaros e recebendo a luz forte
do sol
Com o peito cheio de cantos e a boca farta de risos.
O homem caminhou dias e dias pela estrada longa
Que se perdia na planície uniforme.
Caminhou dias e dias…
Os únicos pássaros voaram
Só o sol ficava
O sol forte que lhe queimava a fronte pálida.
Depois de muito tempo ele se lembrou de procurar
uma fonte
Mas o sol tinha secado todas as fontes.
Ele perscrutou o horizonte
E viu que a estrada ia além, muito além de todas
as coisas.
Ele perscrutou o céu
E não viu nenhuma nuvem.

E o homem se lembrou dos outros caminhos.
Eram difíceis, mas a água cantava em todas as fontes.
Eram íngremes, mas as flores embalsamavam o ar puro.
Os pés sangravam na pedra, mas a árvore amiga
velava o sono.
Lá havia tempestade e havia bonança
Havia sombra e havia luz.

O homem olhou por um momento a estrada clara e deserta.
Olhou longamente para dentro de si
E voltou.

Dopo aver percorso tanti sentieri
Un uomo giunse ad una strada ampia e chiara
Piena di calma e di luce.
L’uomo camminò lungo quella strada
Sentendo la voce degli uccelli e assaporando la forte
luce del sole
Col petto pieno di canti e la bocca colma di risate.
L’uomo camminò per giorni e giorni per la lunga strada
Che si perdeva nell’uniforme pianura.
Camminò per giorni e giorni...
Gli uccelli uno ad uno si dispersero
Solo il sole restava
Il sole forte che gli bruciava la pallida fronte.
Dopo parecchio tempo si ricordò di cercare
una fonte
Ma il sole aveva prosciugato ogni fonte.
Egli scrutò l’orizzonte
E vide che la strada andava oltre, molto oltre
le cose.
Egli scrutò il cielo
E non vide neanche una nuvola.

E l’uomo si ricordò d’altri cammini.
Erano ardui, ma l’acqua cantava in ogni fonte.
Erano erti, ma i fiori profumavano l’aria pura.
I piedi sanguinavano sui sassi, ma l’albero amico
vegliava il sonno.
Là c’era tempesta e c’era calma
C’era ombra e c’era luce.

L’uomo guardò per un momento la strada chiara e deserta.
Guardò lungamente dentro di sé
E ritornò.

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Claude Monet
Un viale del giardino di Giverny (1901-1902)
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