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Procuro-te no meio dos papéis escritos...
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Ti cerco in mezzo alle carte scritte...
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procuro-te no meio dos papéis escritos
atirados para o fundo do armário de vidrinhos
comias uvas no meio da página
a seguir era como se fosse noite
havia olhares que se cruzavam corpos
deambulações pela praia
era noite e alguém se aproximava
eu estava passeando os dedos
pelas nódoas frescas do vinho sobre a mesa o caderno
onde de quando em quando rabiscava um rosto
e listas de nomes que não queria esquecer
paguei o pão o vinho o queijo
levantei-me
tu cortaste-me a fuga vagarosamente preparada
pediste-me um cigarro
na outra página estávamos rindo
estendidos no pobre embarcadouro de madeira
planeávamos atravessar a noite mágica do rio
a página seguinte está em branco
mas lembro-me que te agarrei a mão e disse:
todos os cigarros do mundo são para ti
atirados para o fundo do armário de vidrinhos
comias uvas no meio da página
a seguir era como se fosse noite
havia olhares que se cruzavam corpos
deambulações pela praia
era noite e alguém se aproximava
eu estava passeando os dedos
pelas nódoas frescas do vinho sobre a mesa o caderno
onde de quando em quando rabiscava um rosto
e listas de nomes que não queria esquecer
paguei o pão o vinho o queijo
levantei-me
tu cortaste-me a fuga vagarosamente preparada
pediste-me um cigarro
na outra página estávamos rindo
estendidos no pobre embarcadouro de madeira
planeávamos atravessar a noite mágica do rio
a página seguinte está em branco
mas lembro-me que te agarrei a mão e disse:
todos os cigarros do mundo são para ti
ti cerco in mezzo alle carte scritte
gettate sul fondo della credenza vetrata
tu mangiavi dell’uva a metà della pagina
in seguito era come se fosse notte
c’era un incrociarsi di sguardi corpi
passeggiate sulla spiaggia
era notte e qualcuno s’avvicinava
io stavo scorrendo le dita
tra le macchie fresche di vino sul tavolo il quaderno
dove di tanto in tanto schizzavo un viso
e liste di nomi che non volevo scordare
pagai il pane il vino il formaggio
mi alzai
tu mi bloccasti la fuga pacatamente preparata
mi chiedesti una sigaretta
sull’altra pagina stavamo ridendo
stesi sullo spoglio imbarcadero di legno
progettavamo di attraversare la notte magica del fiume
la pagina seguente è in bianco
ma mi ricordo che t’afferrai la mano e dissi:
tutte le sigarette del mondo sono per te
gettate sul fondo della credenza vetrata
tu mangiavi dell’uva a metà della pagina
in seguito era come se fosse notte
c’era un incrociarsi di sguardi corpi
passeggiate sulla spiaggia
era notte e qualcuno s’avvicinava
io stavo scorrendo le dita
tra le macchie fresche di vino sul tavolo il quaderno
dove di tanto in tanto schizzavo un viso
e liste di nomi che non volevo scordare
pagai il pane il vino il formaggio
mi alzai
tu mi bloccasti la fuga pacatamente preparata
mi chiedesti una sigaretta
sull’altra pagina stavamo ridendo
stesi sullo spoglio imbarcadero di legno
progettavamo di attraversare la notte magica del fiume
la pagina seguente è in bianco
ma mi ricordo che t’afferrai la mano e dissi:
tutte le sigarette del mondo sono per te
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Torio Toroi Mozziconi di sigaretta (2019) |
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