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Não te creio no útero de uma sepultura...
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Non t’immagino nell’utero di una tomba...
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Não te creio no útero de uma sepultura
Onde nasças para qualquer vida eterna.
És ainda a figura frágil,
O riso encanecido pelos anos
De uma tristeza obscura
Os anos de amor racionado
Sob o ronronar dos bombardeiros,
És ainda as mãos nodosas,
As pernas inchadas,
És ainda os olhos semicerrados
Entrevendo a secreta linhagem
Entre os gatos e a música clássica.
Nada te pôde mudar, decompor, prender.
Neste dia de luz que o Inverno estranha
Se algo te confina é o voo de uma gaivota.
Se não és corpo, à memória de ti chamo avó.
Onde nasças para qualquer vida eterna.
És ainda a figura frágil,
O riso encanecido pelos anos
De uma tristeza obscura
Os anos de amor racionado
Sob o ronronar dos bombardeiros,
És ainda as mãos nodosas,
As pernas inchadas,
És ainda os olhos semicerrados
Entrevendo a secreta linhagem
Entre os gatos e a música clássica.
Nada te pôde mudar, decompor, prender.
Neste dia de luz que o Inverno estranha
Se algo te confina é o voo de uma gaivota.
Se não és corpo, à memória de ti chamo avó.
Non t’immagino nell’utero di una tomba
Ove tu nasca per qualche vita eterna.
Sei ancora quella fragile figura,
Dalla risata ingrigita dagli anni
D’una tristezza oscura
Gli anni d’amore razionato
Sotto il mugolio dei bombardieri,
Sei ancora quelle mani nodose,
Le gambe gonfie,
Sei ancora quegli occhi socchiusi
A intravvedere la segreta affinità
Tra i gatti e la musica classica.
Nulla ti può cambiare, decomporre, recludere.
In questa giornata di luce che d’inverno è rara
Se alcunché ti confina è il volo d’un gabbiano.
Se non sei corpo, in memoria di te ti chiamo nonna.
Ove tu nasca per qualche vita eterna.
Sei ancora quella fragile figura,
Dalla risata ingrigita dagli anni
D’una tristezza oscura
Gli anni d’amore razionato
Sotto il mugolio dei bombardieri,
Sei ancora quelle mani nodose,
Le gambe gonfie,
Sei ancora quegli occhi socchiusi
A intravvedere la segreta affinità
Tra i gatti e la musica classica.
Nulla ti può cambiare, decomporre, recludere.
In questa giornata di luce che d’inverno è rara
Se alcunché ti confina è il volo d’un gabbiano.
Se non sei corpo, in memoria di te ti chiamo nonna.
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Mario Ceroli Volo di gabbiani (1970) |
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