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Quase nunca estive morto...
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Quasi mai son stato morto...
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Quase nunca estive morto,
excepto nalgumas fotografias:
o sorriso que nelas se imobilizou já não existe.
E as fotografias são quase de certeza,
acidentes na biografia do fotógrafo -
revelam muito mais sobre o fotógrafo do que
sobre aquilo que fotografou.
E não pintamos, nem escrevemos
ou fotografamos para nos salvar,
ou então é só por isso que o fazemos.
De qualquer maneira, sabemos
que se não o fizermos
estamos mais rapidamente perdidos,
e é tudo... Mas por outro lado,
deparar com a precariedade da vida,
e com a inquietante perenidade dos vestígios
que nos sobrevirão, torna-se muito doloroso.
excepto nalgumas fotografias:
o sorriso que nelas se imobilizou já não existe.
E as fotografias são quase de certeza,
acidentes na biografia do fotógrafo -
revelam muito mais sobre o fotógrafo do que
sobre aquilo que fotografou.
E não pintamos, nem escrevemos
ou fotografamos para nos salvar,
ou então é só por isso que o fazemos.
De qualquer maneira, sabemos
que se não o fizermos
estamos mais rapidamente perdidos,
e é tudo... Mas por outro lado,
deparar com a precariedade da vida,
e com a inquietante perenidade dos vestígios
que nos sobrevirão, torna-se muito doloroso.
Quasi mai son stato morto,
tranne in qualche fotografia:
il sorriso che lì s’è fermato più non esiste.
E le fotografie sono quasi di certo,
degli imprevisti nella biografia del fotografo -
rivelano molte più cose del fotografo che
di colui ch’egli ha fotografato.
E non dipingiamo né scriviamo
o fotografiamo per salvarci,
oppure è solo per questo che lo facciamo.
In ogni caso, sappiamo
che se non lo facessimo
finiremmo perduti più rapidamente,
ed è tutto... Ma d’altra parte,
incappare nella precarietà della vita,
e nell’inquietante perennità delle vestigia
che ci sopravviveranno, diventa molto doloroso.
tranne in qualche fotografia:
il sorriso che lì s’è fermato più non esiste.
E le fotografie sono quasi di certo,
degli imprevisti nella biografia del fotografo -
rivelano molte più cose del fotografo che
di colui ch’egli ha fotografato.
E non dipingiamo né scriviamo
o fotografiamo per salvarci,
oppure è solo per questo che lo facciamo.
In ogni caso, sappiamo
che se non lo facessimo
finiremmo perduti più rapidamente,
ed è tutto... Ma d’altra parte,
incappare nella precarietà della vita,
e nell’inquietante perennità delle vestigia
che ci sopravviveranno, diventa molto doloroso.
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Al Berto, fotografato da Paulo Nozolino per la copertina di "Horto de Incêndio" (1997) |
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