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Noturno da Mosela
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Notturno sulla Mosella
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A noite... O silêncio...
Se fosse só o silêncio!
Mas esta queda d'água que não pára! que não pára!
Não é de dentro de mim que ela flui sem piedade?...
A minha vida foge, foge - e sinto que foge inutilmente!
O silêncio e a estrada ensopada, com dois reflexos
intermináveis...
Fumo até quase não sentir mais que a brasa e a cinza
em minha boca.
O fumo faz mal aos meus pulmões comidos pelas algas.
O fumo é amargo e abjeto. Fumo abençoado, que
és amargo e abjeto!
Uma pequenina aranha urde no peitoril da janela
a teiazinha levíssima.
Tenho vontade de beijar esta aranhazinha...
No entanto em cada charuto que acendo cuido encontrar
o gosto que faz esquecer...
Os meus retratos... Os meus livros... O meu crucifixo de
marfim...
E a noite...
Se fosse só o silêncio!
Mas esta queda d'água que não pára! que não pára!
Não é de dentro de mim que ela flui sem piedade?...
A minha vida foge, foge - e sinto que foge inutilmente!
O silêncio e a estrada ensopada, com dois reflexos
intermináveis...
Fumo até quase não sentir mais que a brasa e a cinza
em minha boca.
O fumo faz mal aos meus pulmões comidos pelas algas.
O fumo é amargo e abjeto. Fumo abençoado, que
és amargo e abjeto!
Uma pequenina aranha urde no peitoril da janela
a teiazinha levíssima.
Tenho vontade de beijar esta aranhazinha...
No entanto em cada charuto que acendo cuido encontrar
o gosto que faz esquecer...
Os meus retratos... Os meus livros... O meu crucifixo de
marfim...
E a noite...
La notte... Il silenzio...
Se fosse soltanto il silenzio!
Ma questa cascata che non si ferma! e non si ferma!
Non starà forse scorrendo dentro di me senza pietà?...
Fugge la mia vita, fugge - e sento che fugge inutilmente!
Il silenzio e la strada inzuppata, con due interminabili
riflessi...
Fumo fino a non sentire quasi nient’altro che cenere
e brace in bocca.
Il fumo fa male ai miei polmoni mangiati dalle alghe.
Il fumo è amaro e abbietto. Benedetto fumo, tu amaro
e abbietto!
Un piccolo ragno tesse sul davanzale la sua lievissima
tela.
Avrei voglia di baciare questo ragnetto...
Frattanto per ogni sigaro che accendo tento di ritrovare
il sapore dell’oblio...
I miei ritratti. . . I miei libri. . . Il mio crocifisso
d’avorio...
E la notte...
Se fosse soltanto il silenzio!
Ma questa cascata che non si ferma! e non si ferma!
Non starà forse scorrendo dentro di me senza pietà?...
Fugge la mia vita, fugge - e sento che fugge inutilmente!
Il silenzio e la strada inzuppata, con due interminabili
riflessi...
Fumo fino a non sentire quasi nient’altro che cenere
e brace in bocca.
Il fumo fa male ai miei polmoni mangiati dalle alghe.
Il fumo è amaro e abbietto. Benedetto fumo, tu amaro
e abbietto!
Un piccolo ragno tesse sul davanzale la sua lievissima
tela.
Avrei voglia di baciare questo ragnetto...
Frattanto per ogni sigaro che accendo tento di ritrovare
il sapore dell’oblio...
I miei ritratti. . . I miei libri. . . Il mio crocifisso
d’avorio...
E la notte...
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Edvard Munch Autoritratto con sigaretta accesa (1895) |
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